" Doce entretém letifica a atenção,
Olhos meigos, mãozinhas delgadas,
Carrega no colo as frutas douradas,
Enquanto recebe afagos à exação.
Como amantes não temem os ventos,
O inverno não lhes faz medo algum;
Leda colheita de pomos sumarentos,
Hesitante uma carícia mais incomum.
Enlace bucólico alegra o cenário,
Idílio mavioso trazendo sensações,
Tantos arrepios, o prazer solidário,
Ao som acurado de remotas canções."
Leve num jogo de luz e escuro lentos,
a musa executa suaves movimentos,
e o amor se renova como nas colheitas
tal como foi e ainda agora são feitas
nas asas da brisa em tardes outonais
nos jardins de Hespérides sensuais,
enlevo marcado pelo ardor que fosse
revelando ser esta a messe mais doce.
Surdos ambos ao simples murmurar,
embalados aos sons da seda a farfalhar.
Traz os frutos da terra no colo gentil,
que apanhou pisando a vegetação sutil;
também não se preocupam os morgados,
consentem que apanhe pomos dourados,
que pródigos forram o solo como lençol
aquecidos aos últimos raios do sol
Num recanto velado, os seios ofegantes
encontra o amado cauto por instantes,
surpreendentemente, de forma inesperada
deixou-se ela ser de todas as formas tocada;
foram eles tomados pela volúpia dos amantes
os beijos selaram os momentos luxuriantes.
Então fecha os olhos em êxtase fremente,
com o corpo percorrido por fogo ardente.
O tempo parou, não havia mais consciência,
nem para o mundo ao redor a obediência.
Acreditem que até a própria luz sorriu ,
e a penumbra trouxe, cúmplice que se viu.
Luiz Morais
São Paulo - Brasil
03092016
Respostas
Amigo Luiz, lindos e iluminados versos. Abraços carinhosos.
Poeta amigo,
Perfeito o teu poema, muito rico e de bela construção.
Parabéns.
Muito linda sua poesia,fiquei encantada!
Bravo poeta!!!!
Quisera que fosse mais e mais longo...
Grata por tamanha formosura!
beijos
Luiz Morais
Amigo poeta Luiz, um belíssimo poema,
encantada, parabéns bjs MIL.