As cartas que não seriam lidas

As cartas que não seriam lidas

 

Em cima, o céu escuro

Embaixo, a terra sem brilho

Entre eles, meu pensamento obscuro

Dissolvia planos, vida de andarilho...

 

Foram tantas as cartas escritas

Na compulsão de escrevê-las

Para externar ideias que não foram ditas

Procurei um céu, mesmo sem estrelas...

 

Chorei... E lágrimas doídas

Cobriram-me o corpo já dormente

Difícil curar minhas feridas

Que se entranharam na alma e mente...

 

E aconteceu um sono turbulento

E as cartas foram atiradas ao chão

E em sonho uma mulher as lia em lamento

Enquanto chorava em compulsão...

 

Nesse lugar sombrio e escuro

Longe do pulsar da vida

Falava aos céus do amor mais puro

Presente a poesia que jamais seria lida...

Mena Azevedo

 

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