As cartas que não seriam lidas
Em cima, o céu escuro
Embaixo, a terra sem brilho
Entre eles, meu pensamento obscuro
Dissolvia planos, vida de andarilho...
Foram tantas as cartas escritas
Na compulsão de escrevê-las
Para externar ideias que não foram ditas
Procurei um céu, mesmo sem estrelas...
Chorei... E lágrimas doídas
Cobriram-me o corpo já dormente
Difícil curar minhas feridas
Que se entranharam na alma e mente...
E aconteceu um sono turbulento
E as cartas foram atiradas ao chão
E em sonho uma mulher as lia em lamento
Enquanto chorava em compulsão...
Nesse lugar sombrio e escuro
Longe do pulsar da vida
Falava aos céus do amor mais puro
Presente a poesia que jamais seria lida...
Mena Azevedo
Respostas
Que beleza de leitura!
Parabéns, querida.
Bjsss, no coração.
Mena Azevedo
Uma carta poema belíssima,
tocam na alma, parabéns querida, bjs MIL.
Uma carta-poema muito bonita e sensível.
Agradeço por ter partilhado