- carta de amor -
Rio de Janeiro, 3 de julho de 2016
Escuta-me...
São 3h56. Madrugada.
Preparava-me para adormecer, mas escolhi passar pelos meus recantos de poesia, mais uma vez. Como se me pressentisse, teu comentário elegante dança-me ao olhar e, não sei bem por qual motivo, meu coração acelera. Releio-o. Mais forte bate o peito.
Para quê, a letra provocante?
As sombras da madrugada ejaculam luz e os sons do silêncio acordam-me em festim. O sono que chegava devagar, foge pela janela entreaberta. Parece-me voejar para o lugar distante... além mar... de onde vieram tuas linhas. Mais do que meras linhas... sedução!
Fantasia em dilúvio, que tantas vezes me afogou...
Quedo-me a pensar na força da palavra, escrita ou falada, em minha vida. Efeito fulminante, sempre! Seja para o bem ou para o mal. Sem meio termo - arrasta-me aos seus encantos ou aos seus pesadelos... e pronto!
Neste momento, sinto-me atingida pela flecha de Cupido - aquela haste pontiaguda, repleta de veneno... Veneno que me envenena o pensamento...
Alcançaste teu desígnio.
Feliz, agora?
Ah... madrugada!
Fundo musical: Harlem Nocturne.
Respostas
Não existe antídoto para esse veneno que chama ...saudade...Te abraço
Não existe, minha amiga...
Cabe-nos senti-la e mais nada.
Beijosssssssssss