Só um grande amor permanece e pode nos salvar no dia em que houver partido o último trem da derradeira plataforma. Mesmo que haja a separação da espuma e das cinzas contidas na borra do café. Verdade que arrepios desagradáveis percorrem o corpo deixando a boca com gosto de caramelo quando o amor permanece e sinaliza que vai nos salvar.
É aconselhável permanecer na cama, numa choupana em lugar remoto, chorando por estar cansado de olhar pela janela e ver enojado todas aquelas bolinhas de medula de sabugueiro balançando sob o efeito de impulsos elétricos. Mesmo ali na prateleira do último vagão parecia que as ondas estavam mais lentas na banal primavera agora diminuída por um ataque de pragas. Agora sei que beijar e oferecer um conhaque não conforta a angustia e a vergonha dos versos com destinados a gerar desprezo.
Sob uma ponte longe demais, muitos de nós temos amado e insultado a natureza descartando lixo não bio degradável em locais inadequados. E já que tocou nesse assunto, há mesmo no mundo um duelo permeado de intimidações.
O que é importante é que no mundo ainda há ressentimento quando não se pode eliminar o agressor. Não importa o que vai sentir se estiver doente. Não importa quantas vezes Ned Land errou o arremesso em direção a Moby Dick. O que importa e saber que no mundo ainda há homens de honra. Decidir sem que no mundo ainda haja dúvidas é a única maneira possível. A alternativa seria a questão arrastada para os tribunais.
Respostas
Um testo forte que desperta dor em lembranças dolorosas e imperdoáveis. Saudações poeta escritor
Luiz Morais
Um texto belíssimo, brilhante,
parabéns, bjs MIL.