Espaço reservado para a publicação dos duetos de Hildebrando Menezes com seus(uas) parceiros(as) da PEAPAZ ou de outras latitudes poéticas. Grupo autorizado especialmente por Sílvia Mota. Administrador do Grupo: Hildebrando Menezes.
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SURPREENDA-ME A CADA INSTANTE...
Eu quero sempre ser surpreendida
Então conte sempre comigo querida
E que me surpreendas a cada instante
Podes crer que estarei aí presente
A vida me surpreendeu completamente
Porque sei viver a poesia intensamente
Ao anunciar-me a tua chegada
Que em versos topo qualquer parada
Quando pensei que fosse despedida
Eis-me aqui de novo quem te ama
Reacendeu-se em mim a antiga chama
Com o fogo... Brando que te inflama
A qual pensei que estivesse extinta
Mas como? Se ainda respiro teu ar
Achei que jamais voltaria a amar
Estou aqui, ali, acolá além mar
Mas por direito sei que ainda posso
Claro! Se por ti grito, calo, tudo faço
Sentir o meu coração acelerado
Nesse ritmo, ora lento, ora apressado
E minha respiração tão ofegante
Absorvo porque sei és elegante
Esta euforia, esta ansiedade
Misto de ternura e simplicidade
Este leve suor em minhas mãos
Anunciando o fim de toda solidão
Este calor que vira calafrio
A preencher de vez todo vazio
Esta distância que vira saudade
Presença sutil de amorosidade
Só tenho vontade de estar contigo
E eu de tê-la aqui comigo
Penso em ti ao parar de pensar
Estou pensando em ti em todo lugar
E eu que falava que estava curada
Por mim será a pessoa mais amada
Porque sinto em ti cumplicidade
E ainda não havia passado desta fase
Vi que sem você tudo é bobagem
Então te convido para uma viagem
Igual adolescente apaixonada
Estaremos sempre juntos nessa jornada
E sentiremos a alegria da caminhada
Pois de repente a vida me sorria
Como se atingidos numa só magia
E eu fiquei surpresa nesse impasse
Não deixe então que a felicidade passe
Quem mandou dar-me uma nova chance?
Que vou aproveitar bem cada lance
Agora tenho o meu direito adquirido
E vou fazer valer cada momento sentido
Se a paixão durar só algum tempo
Prolongarei por tempo indefinido
Não me arrependerei de ter vivido
Cada dia e hora, minuto e segundo
Talvez até se torne amor definitivo
E daí ninguém mais nos segura...
Não sou descrente, pode acontecer
Com o poder da mente interativa
Eu encontrei alguém receptivo
A me surpreender em definitivo
E está a fim de se envolver comigo
A ser meu amigo, amante e abrigo
E compartilhar todas as primaveras
Ou qualquer que seja a nova estação
De mãos e corações ligados na oração
Se escolhermos viver com doçura
Sem jamais perdermos a antiga ternura
Contaremos com a ajuda do divino
Entoando em uma mesma partitura
Seremos deveras um só coração
Eu e você! Aperfeiçoando a criação
( Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes)
Pedalando...
Hoje eu andei, pedalei, suei...
Pelas calçadas, becos e ruas.
A cada pedalada te imaginei...
Como seria bom se fosse tua
Andei no teu pensamento...
Pedalei forte na tua alma
Mesmo enquanto respirava
Sonhei estar na tua cama...
Suei e o corpo se assanhava
Procurando, sonhei, encontrei...
Imaginava você a cada paisagem
Distraído quase que sou atropelado
Sonhei te amar a qualquer passagem
Subi e desci... Sempre pedalando...
Logo encontrei um caminho
Percorri quilômetros, viajei, amei
Ora rápido... Ora devagarzinho
Horas a fio foi em você que pensei
Vontade louca de fazer-te carinho
Viajei na tua palavra e me inspirei...
A escrever estes versos de bicicleta
Assim... Caminhei nos teus passos
Até parecia um vigoroso poeta atleta
Emoldurando palavras e abraços
Sem enfado e ainda pedalando...
Amei e depois pintei o mundo.
Duo: Patrícia Correia e Hildebrando Menezes
Bem há, sol em ti.
Bem singular em raios encantados
O sol alcança a alma viril abatida
Transforma os ventos em enviados
Balançando sua estrutura cansada
Através de sussurros bem elaborados
Será o movimento da amorosidade?!
Onde o momento influencia a colina
No ápice há o concerto do ser
Que ninam em versos as rosas
Que dissolve a angústia do ter
Dando-nos o poder dessa prosa
A provar do nosso bem querer
Que ao amor só nos resta ceder
E refresca a secura das rochas
Porque as rosas precisam do sopro.
Do afago terno, sutil e gostoso.
Aos mistérios e segredos do bem
Porque tudo vem a quem é dadivoso
As belas dores se acalmam no além
Aos que vivem o eterno ser prazeroso
Ferve na curiosidade o sinal da vida...
O estímulo sem intenção... Aspiração da rima!
Forma-se assim um poema que não se lapida
Vestido do seu melhor fascínio e suas esgrimas
E ainda lhe digo... Antes da nossa despedida...
Se há esse bem tão intenso, que mal conterá?
Viaje nessa tua loucura... Porque bem lhe fará!
Duo: Lúcia Cláudia Gama Oliveira e Hildebrando Menezes
EQUAÇÃO QUÂNTICA
Nesta vida cheia de incertezas
As labaredas queimam ardentes
Percorre nas veias suas proezas
Em suas partículas energizantes
Atiçando as centelhas frementes
No mar das valiosas alquimias
O poeta é encantador de sereias
E às vezes do núcleo se distancia
Tipo galã ou um devotado atleta
Que a tudo no seu verso incendeia
Em estágio Insinuante que espreita
No entanto a sua órbita não se altera
Pela bela presa que na mente valseia
No seu lépido e solitário vaguear
Que o namoro permitia ser somente
Encontro de elétrons dissonantes
Um apaixonado cancioneiro do luar
Feito do jeito seresteiro indolente
Viciado no ato de amar...
Excitando os átomos de repente
Atrevido D. Quixote de La mancha
Ora um D. Juan... Ora Sancho Pança
Vigiado pelas ondas do mar...
Com a energia cósmica a nos tocar
Contemplo daqui a tua dança
E confesso que o meu primeiro...
Impulso... Foi fugir das tuas tranças
Descrevendo trajetórias intensas
Cambaleei meio intrépido e ligeiro
Furtivo... Esquivo e sorrateiro
Como que se fosse... Possível
Habitar uma atmosfera invisível
Esconder-me do teu olhar certeiro
Que perscruta bem lá no fundo
Naquela concha incrustada na areia
Avista a estrela em meio ao nevoeiro
E eu bem que sabia que já era tarde
Mas algo me prendia sem querer ir
Mas não tive forças pra fugir
Uma atração fatal a me invadir
Soubeste do teu jeito segurar-me
Bela algoz e atrevida a seduzir-me
Já não posso mais agora mentir...
E o Universo conspira sem sentir
Sofro as dores da tua ausência
Porque agora eu vivo por ti
Quero desfrutar tudo contigo
Combinando a ciência e a essência
Integrar-me e me desintegrar
Somar, dividir e repartir
Em saltos quânticos proeminentes
Multiplicando sentimentos excitantes
Belos e deliciosos poemas, todos a exaltar o verdadeiro amor. Beijossssssssssss
Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez.
Eu já te procurei por todas as partes Fico a me perguntar se é alguma arte Porque não te encontro em lugar algumO que será que deu aí nessa sua veneta
Viajei no tempo e visitei os planetas Fui ao Sol e a Lua, fui até em Marte Andei feito um vagabundo andarilhoAté nos esconderijos dos maltrapilhos
Procurei-te pelas estações do ano Fui aos encontros do rio com o mar Tu simplesmente tinhas evaporadoComo num passe de mágica sumido
Se for anjo teria voltado ao paraíso?! Sendo demônio, apenas ledo engano E vivo nesse drama, no maior dilemaLevaste minha alma e fiquei tão triste
Já não sinto o prazer que me contagia Mataste meu sorriso e a minha alegria E fiquei sem chão quando tu partisteNem sei mais por que tu me deixaste
Agora vou à procura de outros braços Não suporto e sufoco querendo a magia De alguém que restaure minha sintoniaPois eu necessito refazer os meus laços...
Antes que morra no abandono e de cansaço Sei que hei de amar alguém que me queira Não saia mundo afora por qualquer besteira Mereço ser feliz ao lado de uma boa pessoaPara viver um grande amor pela vida inteira!
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
ALMAS GÊMEAS A minha alma é gêmea da sua Uma melodiosa partitura da tua Meu coração é irmão do seuBalança no mesmo ritmo do teu Nós somos feitos de sol e de lua Sintonizados como chuva e nuvem Nosso contato é coisa abstrataMas... Longe de ser algo biruta Nossa ausência prolongada mata Silêncio parece que nos maltrata Não quero seu corpo, amo sua essênciaNão sabes quanto faz bem tua presença Quero as carícias que traz em sua voz Pelas delícias como o vôo do albatroz E se nos tocarmos persistiremos purosSomos ungidos pelos deuses do Olímpio Seremos maduros mesmo estando a sós Na real maturidade que habita em nós Somos como irmãos de corpo e de menteEspírito e alma limpa... Sempre presentes! Somos duas asas de um mesmo querubim Anjos celestes com perfume de jasmim Somos como os frutos da mesma sementeColhidos nas safras das colheitas do Oriente Mas pode acontecer dos riscos da paixão Quando se vive intensamente a emoção Quando o amor vier, não haverá saídaNem escape para a chegada ou partida Temos almas gêmeas, anjos de outra vidaE é por isso que te amo tanto assim querida Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
ALÔ, DOÇURA!
É meigo ouvir a sua voz
Sedutora e suave entonação
Ao me dizer que eu sou doce
Abre-me a alma e o coração
Parece que me derreto
Aqui por dentro do peito
Sentindo como se fosse
Tomado de amor perfeito
Mas toda essa doçura
Tremenda sensual loucura
Está mais em seu olhar
Tonteia as pernas no andar
Que minha boca procura
Com a maior das ternuras
Com vontade de te beijar
Lábios e línguas a bailar
Agora você me abraça
Mão na cintura enlaça
Buscando todo esse mel
Se eu ocultar o meu fel
Parece que me devassa
Embriaga mais que cachaça
Com o seu fogo me abrasa
Vontade de gritar na praça
Eu viajo em seus desejos
Tudo aspiro e bem almejo
Sinto o gosto de seus beijos
Como encanto de um solfejo
Derramando as nossas taças
Com um brinde pelas graças
Da empatia, magia e sinergia
De saber que há muita sintonia
Voamos na fantasia da poesia
Planando e ouvindo a melodia
De plumas e paetês em folia
Parece até que temos asas!
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
SORRISO MOLHADO
O que eu mais gosto quando chove
Além dos pingos batendo no telhado
É poder olhar seu sorriso molhado
Não posso esconder fico arrepiado
De braços dados com meu sorriso
Até parece que se abre o paraíso
Caminhando sob a maior chuvarada
De pés descalços passeando na relva
Ensopada chutando as poças d’água
Doida, pendurada, abraçada e divertida
Depois ficar escondida atrás do poste
Soltando uma gargalhada estridente
Sorriso encharcado de pinto molhado
Respingando, soltando água pra todo lado
E você ao me olhar com aquele brilho
De menino moleque que adora improviso
E eu fico brincando com o seu sorriso
Alegre, feliz da vida com tanto riso
E digo troçando quando a chuva passa
Ah! Vamos juntos namorar na praça?
Vá sem medo... Não venha fazer pirraça
Que tal deixar tudo limpo e cheio de graça
O dia foi tão lindo... Não quero ir pra casa
Segure minhas mãos e sinta o meu coração.
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes