O mundo italiano está se modificando com a chegada de deuses estrangeiros que estão ocupando o espaço dos deuses locais. Esse deuses antigos perdem adeptos a cada ano para os deuses recém-chegados. O próprio deus Apolo, que fazia parte do antigo panteão, já mudou de lado para ficar com os novos deuses. E, como este é o deus da profecia, certamente este não é um bom sinal para os antigos deuses.
Deuses Antigos
Os nove antigos deuses são liderados pelo casal criador Tínia e Uni. Recentemente, o próprio deus da profecia Apolo traiu estes deuses para tomar o lado do novo panteão, o que indica um fim muito próximo para esse grupo de deuses.
Tínia, o deus do poder
Uni, a deusa da vida
Cel, a deusa-terra.
Usil, o deus do sol
Catha, a deusa da lua
Nortia, a deusa da sorte
Leinth, a deusa da morte
Fufluns, o das festas
Selvans, o deus da vida
Charles Amédée Philippe van Loo 1719 – 1795
Novos Deuses
A chegada de novos povos nas terras italianas vem causando uma revolução na sociedade, pois este trouxeram consigo um novo panteão. As profecias dizem que o sobrevivente da grande guerra chegará trazendo o emissário dos novos deuses. Este derrotará o poder dos deuses antigos no esplendor de uma nova era que será liderada pelos filhos da loba. Estes novos deuses são:
– Júpiter Deus dos Homens e Deuses
– Netuno Deus dos Navegantes
– Plutão Deus dos Mortos
– Juno Deusa da Vingança
– Ceres Deusa da Agricultura
– Vesta Deusa da Paz
– Marte Deus da Guerra
– Apolo Deus do Conhecimento
– Mércurio Deus dos Viajantes
– Minerva Deusa da Sabedoria
– Diana Deusa da Caça
– Vênus Deusa da Beleza
Júpiter
O deus do Céu e da Terra
Teto de catedral de Copenhagen
Júpiter é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo, pai dos homens, e deus do céu e da terra. Os raios, trovões, chuvas e tempestades lhe são atribuídos, sendo este deus conhecido como o ‘Monta-Nuvens’ e conhecido como ‘Jove’ em muitos lugares. Mas ele também sempre foi associado à justiça e à lei, por isso há muitas estátuas erguidas em sua honra.
A História de Júpiter começa depois que Urano, o céu constelado, governou a Terra. Quando ele foi destronado por seu filho Saturno, foi profetizado que Saturno também seria destronado por um de seus filhos. Por essa razão, quando os filhos de Saturno com a esposa Cibele nasciam, ele os devorava. Assim aconteceu com Juno, Plutão, Netuno, Vesta e Ceres. Quando nasceu o sexto filho, Cibele decidiu salvá-lo. Cibele entregou seu filho Júpiter aos cuidados de Terra Mater e das Ninfas da Floresta, sendo ele alimentado pela cabra Amaltea.
Quando chegou à idade adulta, Júpiter enfrentou o pai. Após libertar os irmãos do ventre de Saturno, ele iniciou a guerra chamada Titanomaquia, em que Saturno procurou seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que se reuniam no Olimpo. A guerra duraria dez anos até Júpiter seguir um conselho de Terra Mater. O deus libertou os grandes Hecantochires para ajudar na sua guerra. Finalmente, os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro. O universo foi então partilhado. Júpiter ficou com o céu e a terra. Netuno ficou com os mares e oceanos. E Plutão ficou com o subterrâneo e o mundo dos mortos.
Júpiter casou-se a primeira vez com a prudente oceanida Métis com quem teve a filha Minerva. Depois casou-se pela segunda vez com a titã Temis, deusa da justiça, gerando as três irmãs Moiras (titãs do Destino) e as nove irmãs Horae (titãs da Justiça). Hoje ele é casado com Juno, sua terceira esposa, com quem teve os filhos Hefesto, deus caído da Metalurgia, e Marte, deus da Guerra.
Embora detenha incríveis poderes, Júpiter é mais conhecido por suas aventuras eróticas fora do casamento com diversas deusas do panteão e com mulheres humanas. Entre elas, a titã Mnemosine (gerando as nove Musas, titãs da Arte), a titã Latônia (gerando os deuses Apolo e Diana), a titã Luna, a deusa Ceres (gerando Proserpina, esposa de Plutão), a ninfa Dione (gerando Vênus), a ninfa Maia (gerando Mercúrio) e Electra, filha do titã Atlas (gerando Dardano, povoador de Tróia).
Ele também teve várias amantes humanas que geraram vários heróis. Entre essas amantes temos Egina (gerando rei Éaco de Egina, pai de Peleu e Telamon), Alcmena (gerando Héracles), Europa (gerando os reis Minos, Ramadanto e Sarpedão), Danaã (gerando Perseu), Leda (gerando Helena, Castor e Polux), Io (gerando o antigo rei Épafo de Menfis), Tyia (gerando Macedon, povoador da Macedônia), Semele (gerando o deus Dionísio), e Calisto.
Símbolo: O Relâmpago
Netuno
O Deus dos Mares
Netuno assumiu o status de deus supremo do mar, controlando o Mar primordial, o Oceano e a Talassa. Também é conhecido como o deus dos terremotos e dos cavalos. Ele detém o poder não apenas sobre as ondas, correntes e marés, mas também as tempestades marinhas e costeiras. Assim, ele provoca nascentes e desmoronamentos com o seu tridente, sendo conhecido como o ‘Treme-Terra’. Além disso, o seu poder não atinge apenas o mar, ele se estende a todos os lagos e os rios sobre a Terra Mater.
Ele pode apresentar um caráter cooperativo, por essa razão, os navegantes oram a ele por ventos favoráveis e viagens seguras, mas seu humor é imprevisível. Ele pode provocar tempestades, maus ventos e terremotos por puro capricho ou vingança.
Como o primeiro filho de Saturno e Cibele, ele é um dos principais deuses do Olimpo e, de acordo com certas tradições, ele é o irmão mais velho de Júpiter e Plutão. Depois de vencer a batalha junto a seus irmãos contra Saturno, que os havia devorado, ele criou a prisão no Tártaro que prendeu todos os titãs. O universo foi então partilhado Netuno ficou com os mares e rios. Júpiter ficou com o céu e a Terra. E Plutão ficou com o subterrâneo e o mundo dos mortos.
Antes dele, os mares eram governados pelo poderoso Nereu, filho dos primordiais Mar e Terra. E os seus súditos eram os filhos dos titãs Oceano e Tetis conhecidos como Oceanidas, o povo do mar. Mas Nereu sabia que nunca seria capaz de derrotar o poderoso deus Netuno em combate. Assim, ele entregou todo o seu reino e a mão de sua filha Anfitrite ao novo deus dos mares.
A esposa de Netuno, a bela Anfitrite, é descendente direta de ambos o Mar e o Oceano, por ser filha da união de Nereu e da oceanida Doris. Desse amor nasceu o herói Tritão e a heroína Bentesekime.
Como seu irmão Júpiter, Netuno adora as mulheres, obtendo ao longo dos anos inúmeras aventuras amorosas. Todas elas frutíferas em fortes descendentes do sexo masculinos e com temperamento violento. Muitos heróis nasceram do seu amor por mulheres humanas e ninfas como Etra (gerando Teseu), Alope (gerando o herói Hippotoon), Amimone (gerando o grande rei-navegador Nauplio), Alcione (gerando oito filhos), Aretusa (gerando Abas), Ifmedia (gerando os gigantes Oto e Efialtes), Libia (gerando Belo, antigo rei do Menfis), Macionice (gerando Eufemo), Toosa (gerando os selvagens ciclopes), Tiro (gerando Pélias, rei de Iolcos, e Neleu, rei de Pilos) e várias outras. Além disso, ele forçou a deusa Ceres a dormir com ele, gerando a problemática Despoina e o cavalo falante Arion.
Símbolo: O Tridente
Plutão
O Deus do Submundo
Plutão é o senhor implacável e invencível da morte. É o deus mais odiado e temido pelos mortais. Ele controla o submundo espiritual, onde são levadas as almas dos homens falecidos, e todas as criaturas malignas nascidas da Noite sombria. A entrada para o submundo é realizada pela balsa do demônio Caronte que navega pelo rio Estinge em troca de uma moeda, por isso Plutão é conhecido como o ‘Mais-Rico’, por ter acumulado moedas de cada homem sepultado.
A história de Plutão começa como a de seus irmãos Netuno e Júpiter. O seu pai Saturno, temendo uma profecia que dizia que seria derrotado por um dos seus filhos, passou a devorá-los. Depois de libertados pelo seu irmão Júpiter, os três se postaram, então, no monte Olimpo e, com ajuda dos Hecantochires combateram os titãs. Por fim, venceram e na partilha do universo Plutão recebeu o Tártaro, onde estão aprisionados os Titãs, e todo o submundo.
Plutão teve uma única esposa, Proserpina, filha da deusa Ceres da agricultura, com quem viveu por toda a eternidade. Ele a conheceu após a batalha de Júpiter contra o Tifão. Este monstro foi aprisionado no vulcão Etna causando constantes cataclismos por suas lutas pela liberdade. Temendo que seu mundo fosse exposto ao sol, Plutão resolveu verificar o local. Montado em sua carruagem de cavalos negros, quando observou a bela Proserpina pela primeira vez, foi flechado por Eros, esquecendo sua amante Minte. E, apaixonado, levou a bela Proserpina ao submundo com quem se uniu em sagrado matrimônio.
Plutão permitiu que sua esposa passasse metade do ano com a mãe Ceres, a deusa da agricultura, enquanto a outra metade deveria ficar no submundo. O tempo que Proserpina passa com a mãe, faz germinar e crescer as plantas no período conhecido como verão e primavera. Quando volta para Plutão, a tristeza de Ceres inicia o outono e o inverno.
Proserpina assim se tornou a rainha dos Mortos. Ao lado de Plutão, não apenas governavam as almas dos mortos, mas possuem o papel de juízes da humanidade no pós-vida. Juntos, eles tiveram três filhos Macaria, governante das ilhas Elisianas; Zagreu, o senhor negro dos raios; e Melinoe, que recebe as oferendas aos mortos. Plutão e Proserpina sempre permaneceram fiéis um ao outro.
Símbolo: O Elmo Negro
Juno
A Deusa da Vingança
Juno, filha dos titãs Saturno e Cibele, está sempre com sua coroa feita de ouro na cabeça, sentada no trono real, ao lado de seu marido Júpiter, no palácio divino localizado no topo do monte Olimpo. É tão elegante que lhe ficou famosa a acunha de “Sandálias-Douradas”. Ela é a deusa da união matrimonial, no entanto, é mais conhecida por seu grande ciúme e sua natureza vingativa, em razão da turbulenta relação com seu marido.
Juno, como todos filhos de Cibele, foi engolida pelo seu pai, o gigante Saturno. Ela foi libertada do estômago de seu pai pelo seu irmão e atual marido Júpiter. Esse matrimônio desde o início se mostrou problemático. Afinal, Juno casou-se com Júpiter por vergonha, depois que este lhe roubou a virgindade contra sua vontade. E, como era de se esperar, nunca teve um casamento feliz, principalmente, devido às constantes traições do marido.
Apesar do relacionamento tumultuado, diferente de seu consorte, Juno nunca traiu o marido. Em vez disso, descontava sua ira nas amantes e na prole bastarda do esposo. Um exemplo disso foi quando ela enviou a serpente Píton para perseguir a titã Latônia durante a gravidez de Apolo e Diana. Ou, quando causou as mortes de Semele, amante humana de Júpiter, e de Dionísio, o fruto dessa união.
A história se repete com a rainha Lâmia da Líbia que, depois de amada por Júpiter, foi transformada por Juno num demônio assassino que devorou os próprios filhos. Depois, para torturar outra amante, chamada Io, a vendeu como escrava para escravistas Medos como se fosse gado.
Recentemente, tentou impedir o nascimento de Héracles, filho de Júpiter com a amante Alcmena, mantendo suas pernas fechadas durante o parto. Em seguida, tentou assassinar o pequeno bebê Héracles colocando serpentes em seu berço. Como ambas as tentativas foram infrutíferas, Juno por fim amaldiçoou Héracles com uma fúria tão incontrolável quanto a sua própria.
Também sofreram a ira de Juno, seu servo Argo e a ninfa Eco por tentar esconder os romances de Júpiter. Depois, fez o mesmo com a rainha Gerana por comparar a sua beleza à da deusa. Em seguida, foi a vez da ninfa Quelone por desrespeitar sua cerimônia de casamento; e muitos outros que entraram em seu caminho. Todos eles foram mortos pelo ódio da deusa. E a situação só tem piorado. Com o tempo, Juno tem se tornado mais instável e mais violenta, causando grandes punições por pequenas afrontas.
Os seus filhos com Júpiter refletem essa natureza vingativa e violenta, como podemos concluir, ao enumerá-los: Marte, deus da Guerra; Ênio, a mestre da discórdia; Ate, personificação da desilusão; Hebe, símbolo da juventude; Ilítia, habilidosa parteira, e o pobre Hefesto que sofreu da ira de sua mãe em desgosto por sua feiúra. Ela arremessou o horrível bebê para fora do palácio divino que caiu por nove dias e noites até atingir os mares.
Hefesto foi salvo graças a duas filhas do Oceano chamadas Tetis e Eurinome que cuidaram dele e o educaram. Já adulto, Hefesto ainda voltou para o Olimpo por intermédio de Júpiter que ofereceu a mão de Vênus, deusa da beleza, em matrimônio para o deus das forjas. No entanto, mesmo após o vergonhoso evento em que foi traído por Vênus com o irmão Marte, Juno não mostrou simpatia pelo seu filho manco e horrível. Hoje Hefesto voltou para ilha de Lemnos e diz não ter mãe.
Símbolo: O Cálice
Ceres
A Deusa da Natureza
Ceres, filha dos titãs Saturno com Cibele, é a deusa da natureza, das colheitas e das estações do ano. Ela é propiciadora do trigo e da cevada aos povos civilizados, por isso amada por todos os homens. É a ‘Dama-das-Estações’. E na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações. Como a própria agricultura tem um efeito civilizador sobre os povos e é essencial para a fundação de cidades, a deusa também é chamada de ‘Portadora-das-Leis.
A deusa Ceres já teve um romance com Júpiter e dessa relação nasceu sua filha Proserpina, o seu mais grandioso tesouro. No entanto, atualmente, nem seu relacionamento com Júpiter, nem com os outros irmãos é saudável. Na verdade, a deusa os odeia de todo o coração. E tem toda a razão para isso. Júpiter, por exemplo, em um acesso de ciúme assassinou o grande amor de sua vida. Ela estava apaixonada pelo mortal chamado Iasion, irmão de criação da heroína Harmonia. E, foi durante o casamento de Harmonia e Cádmo, que Júpiter descobriu a relação e, enciumado, lançou seus raios contra Iasion.
Em outro evento, a deusa Ceres teve a sua amada filha Proserpina levada pelo deus Plutão para o mundo dos mortos. A deusa ficou desesperada, em busca de sua filha. E, durante a tristeza de Ceres, a terra tornou estéril, o gado morreu, o arado quebrou e os grãos não germinaram. Os humanos sofreram de fome e doenças. Enfim, com a situação caótica, Júpiter requisitou a Plutão o retorno de Proserpina. Com isso, ficou estabelecido que Proserpina passaria metade do ano com a mãe, e a outra metade com Plutão. A alegria de Ceres no primeiro período traz a primavera e o verão ao mundo enquanto a tristeza da volta de Proserpina ao submundo trás o outono e o inverno.
Durante a busca por sua filha Proserpina, a deusa Ceres se envolveu com outro mortal, que a consolou na tristeza. O nome desse mortal é Triptolemo, príncipe de uma pequena cidade da Attica chamada Eleusis. Nesse período, a deusa ensinou os segredos da agricultura ao bom Triptolemo. Este herói agora voa mundo afora numa carruagem alada ensinando essa arte aos povos menos afortunados. O fruto da união de Triptolemo e a deusa Ceres é o herói Anfiteu.
Apesar da desavença com Júpiter e a situação com seu genro Plutão (que depois mostrou ser um ótimo marido para Proserpina), nada compara-se à fúria contra o deus Netuno. O deus dos mares viu a pacata Ceres em sua forma equina, assumiu uma forma semelhante e perseguiu a deusa. Ela tentou resistir, mas acabou violentada pelo irmão. E, assim nasceram a problemática Despoina e cavalo falante Arion. A lembrança desse evento, traz tanta fúria que o dia vira noite, no evento conhecido como eclipse.
Atualmente, a deusa vive um novo romance com o mortal Karmanor, príncipe da cidade de Tarrha em Minoan. Ela mantém o romance em segredo dos seus irmãos com medo de represálias e novos surtos de ciúme. Mas é notável a sua felicidade. Há séculos, a deusa não é vista tão radiante. Não é à toa que as recentes colheitas de Éfeso, Minoan e todo o Hélade estão tão bem. E, todos esperam que essa lua de mel continue assim.
Símbolo: A Foice
Vesta
A Deusa da Paz
Vesta, filha de Saturno e Cibele, é a deusa do coração e da família. Ela está sempre tentando apaziguar os conflitos e resolver pacificamente os desentendimentos de sua problemática família divina. É conhecida como a ‘Mais-Desejada’ ou a ‘Chama-Sagrada’. O seu culto pode não ser dos mais fortes, mas não há um único cidadão de Danaã que não preste homenagem a ela.
Toda cidade ou comunidade do mundo de Danaã possui o fogo sagrado aceso junto ao palácio real chamado de Coração da Cidade. Ele é aceso em homenagem a deusa Vesta sendo obrigação de todo governante impedir que ele se apague. À mesa, antes de dividir o pão, toda família presta graças à boa deusa. É sempre com ela que se iniciam as oferendas, dizendo: “A paz vem primeiro”!
Vesta nasceu do ventre da deusa titã Cibele e, como seus irmãos, ela foi engolida pelo seu pai, o gigante Saturno. Graças ao seu irmão Júpiter, salvo do mesmo destino, foi libertada. Ela viu seu irmão combater os magníficos titãs, mas assim como suas irmãs, Ceres e Juno, ela não participou do conflito.
Ela possui a aparência de uma mulher bela, embora com certa idade. Sempre vestindo uma longa túnica que cobre todo o seu corpo até os pés com um longo véu que lhe cobre os ombros e os cabelos. Ela tem uma boa relação com todos os outros deuses, embora a sua pureza e bondade seja considerada exagerada por todos.
Embora guarde apenas para si os seus pensamentos, sem nunca tê-los exposto, ela muitas vezes se assusta com os membros jovens do panteão. Ela considera terrível a impureza de Vênus, a belicosidade de Minerva e Marte, e as artimanhas de Mercúrio. Apenas Apolo e Diana são dignos de sua aprovação. Afinal, Vesta se manteve pura e virgem durante toda a sua vida. Ela nunca teve um parceiro ou filho embora seja considerada a deusa da família. Conforme diz: “Todo coração é o meu altar, e todas as pessoas de bem são a minha família!”.
Símbolo: A Tocha
Marte
O Deus da Guerra
Marte, deus da guerra selvagem e sangrenta, é a matança personificada. É conhecido como ‘Destruidor-de-Homens’. Ele nasceu da união dos deuses Júpiter e Juno. E residiu por muito tempo entre os bárbaros e trácios belicosos. Só se retirou do local para trair o seu irmão Hefesto, tomando sua esposa Vênus como amante.
A paixão secreta foi revelada ao cônjuge traído Hefesto que viu os amantes ilícitos. Hefesto prontamente conseguiu pegar Marte e Vênus em flagrante e, no momento apropriado, arremessou uma rede, prendendo o casal em abraço erótico. Mas Hefesto ainda não estava satisfeito com a sua vingança. Ele convidou os outros deuses Olímpianos a examinar o casal infeliz. Alguns comentaram a beleza de Vênus, os outros desejaram trocar ansiosamente de lugar com Marte, mas todos zombaram dos dois.
Do seu romance com Vênus, nasceu Deimo, o terror; Fobo, o medo; e Adrestia, a vingança. Todos, companheiros de Marte na guerra. A sua irmã Eris, deusa da Discórdia, também filha de Júpiter e Juno, é outra companhia constante. E, aquela com quem divida a cama, Enio, deusa da guerra e filha da Noite, com quem teve o belicoso filho Enialios, divide também o derramamento de sangue e a insensata violência.
O seu caso com Vênus também gerou uma filha menos ligados aos gostos do pai: a heroína Harmonia. Esta se casou com o herói Cádmo, amigo de Perseu e fundador da cidade de Tebas. Mas é na cidade de Esparta que Marte possui a maior adoração. Uma grande estátua, com o deus Marte acorrentado, pode ser vista para mostrar que o espírito da guerra nunca deixará a cidade.
O deus Marte também tomou várias amantes humanas e ninfas com quem gerou muitos descendentes guerreiros. Em especial, a rainha Otrera da Temiscira (gerando amazonas Hippolita, Pentesilea, Antiope e Melanippe), Bistonis (gerando o psicopata Tereu), Pirene (gerando o vil Cicno), e com mãe desconhecida gerou o líder selvagem Trax.
Símbolo: A Armadura e a Lança
Apolo
O Deus do Conhecimento
Apolo, filho da união de Júpiter com a titã Latônia do desconhecido, irmão gêmeo de Diana, é provavelmente o deus Olimpiano mais influente e venerado em Danaã depois de Júpiter. Ele é o deus do conhecimento e a luz da verdade. Ele quem preside as leis da religião, protege as constituições das cidades, lidera as musas, inspira as artes, estimula a ciência, fornece a cura da medicina, e presenteia o dom da profecia. É conhecido como o ‘Brilhante-Luminoso’.
Também considerado o exemplo de beleza, perfeição, equilíbrio e razão, ele causou temor em todos os deuses quando entrou pela primeira vez no Olimpo. Latônia sua mãe o conduziu ao seu assento, contando a difícil gravidez que a deusa Juno lhe proporcionou.
Juno, esposa legítima de Júpiter, quando soube da existência dos filhos gêmeos que o marido gerou fora do casamento, mandou a serpente Píton destruir as provas dessa afronta. Mesmo perseguida pela serpente, a titã Latônia conseguiu dar luz à sua filha primogênita, Diana, sem dificuldade. Mas o nascimento de Apolo não foi tão simples.
Na ilha flutuante de Delos, mesmo assistida pelas deusas Dione, Cibele, Icneia, Temis e Anfrite, por nove dias e nove noites, Latônia sofreu as dores do parto sem que Apolo nascesse. Apenas quando a parteira Ilítia, filha de Juno, chegou para ajudar, foi que Apolo nasceu.
A criança foi então banhada pelas divinas deusas e ornada com uma coroa de ouro. Quando bebeu o néctar dos deuses e comeu a ambrosia da imortalidade, imediatamente se tornou adulto. Em seguida bradou, reivindicando a lira e o arco. Então, chegou ao Olimpo, onde foi recebido de braços abertos por Júpiter. Quatro dias depois matou a Píton que perseguira sua mãe junto ao monte Parnasso e ali fundou o oráculo da cidade. O oráculo foi presenteado com o maior dom da profecia, sendo o mais confiável e famoso de todo o Hélade.
O coração de Apolo pertenceu apenas a uma mulher, a naiade Dafne, que o rejeitou. Por causa disso, esse deus nunca se casou, mas teve vários romances como Quione (gerando Filamon), Coronis (gerando Asclépio), Cirene (gerando Aristeu e Idmon), Chrisotermis (gerando a única filha de Apolo, Partenos, que subiu aos céus como a constelação de Virgem), Manto (gerando Mopso), Caliope (gerando Orfeu e Lino) e Cassandra, neta do Rei Laomedonte de Tróia.
Símbolo: A Lira
Mercúrio
O Deus das Estradas
Mercúrio, o filho de Júpiter com a ninfa Maia, é um deus de muitos atributos. Ele é responsável pelas estradas e viagens, tornando-se conhecido como o ‘Mensageiro-Divino’. Dessa forma, ele se tornou o patrono de todas as profissões de viajantes incluindo comerciantes, diplomatas e até mesmo dos ladrões.
Depois de deixar o ventre da sábia Maia, mostrou logo a sua inteligência e versatilidade. Nasceu pela manhã e, à tarde, já sábia tocar a lira. Antes do sol se pôr, tomou cinqüenta vacas do rebanho divino. Ele as conduziu por caminhos labirínticos, fazendo até com que andassem de costas. No caminho confeccionou um par de sandálias mágicas, para que pudesse deslizar pelo caminho e prosseguir com rapidez, sem deixar pegadas reconhecíveis. Então voltou para a gruta onde nasceu, e deitou no berço como se nada acontecera.
Mas sua mãe a tudo observara, e o repreendeu. Ela disse que ao concebê-lo Júpiter havia criado um grande problema tanto para os deuses como para os homens. Mercúrio, entretanto, replicou vigorosamente. Ele afirmou sem temor sua origem divina e reivindicou um tratamento igual ao que recebia seu meio-irmão Apolo. Se fosse negado então se transformaria no príncipe dos ladrões. Mas Júpiter aprovou Mercúrio no panteão depois de Mercúrio jurar jamais armar novos estratagemas.
Mercúrio teve grande quantidade de amores com deusas, semideusas e mulheres mortais, e gerou numerosa descendência. Dentre as imortais, ele deitou com Vênus gerando o Hermafrodito, Eros e Priapus. Ele também tentou cortejar Proserpina sendo rejeitado. Conseguiu seduzir Hekate, deusa da Magia às margens do lago Boibes. Dormiu com a ninfa Iftime gerando os sátiros primordial e com a ninfa Driope gerando Pã. Mas foi com a sedutora oceanida Peiton que achou a sua alma gêmea tomando-a em casamento.
Entre as mulheres humanas, os seus romances foram quase infinitos incluindo Carmentis, Ocirroé, todas as Oreades, a princesa Aglauro da Attica, a princesa Acale de Minoan, a princesa Tronia de Cemek, a princesa Libis da Libia, a princesa Filodamia de Argos, a princesa Eriteia da Iberia, princesa Herse da Attica, Antianira, Apemosine, Aptale; Quione, Clitie, Limele, Ctonofile, Deira, e várias outras… A lista continua interminável com uma quantidade de descendentes de igual tamanho. Não é a toa que sua imagem também está bastante ligada a fertilidade.
Símbolo: As Sandálias de Asas.
Minerva
A Deusa da Sabedoria
Minerva, filha de Júpiter e da oceanida Metis, é a deusa da sabedoria, da estratégia, e da justiça. Ela é uma astuta companheira de diversos heróis, e por isso também é considerada a deusa dos atos heroicos. Ela é conhecida pelos ensinamentos aos artesãos, pela pureza de sua natureza e por sua habilidade estratégica na guerra.
Logo que houve a união de Júpiter e Metis, Terra Mater teve uma visão. Ela profetizou que Metis daria um filho a Júpiter. E esse filho lhe destronaria, assim como Júpiter destronou Saturno e, este, Urano. Quando Metis ficou grávida, o amedrontado Júpiter agiu como o seu pai Saturno. Ele resolveu engolir não apenas o seu filho, mas a sua esposa também. Entretanto, a tentativa de impedir a profecia foi em vão.
Minerva continuou a crescer em sua cabeça causando-lhe insuportáveis dores nas têmporas. Júpiter, desconhecendo a causa de tamanha dor, pediu que o deus Hefesto realizasse uma cirurgia. E, quando Hefesto lhe abriu a cabeça, Minerva já saiu adulta com elmo, armadura e escudo.
Minerva ‘Ergani’, ou ‘dos-Artesãos’, desde o nascimento, mostrou o seu desejo de ser a deusa mais adorada entre os homens. Ela os ensinou quase todo o conhecimento que hoje possuem como pesca, uso de arco, costura, o artesanato e a estratégia. Depois, disseminou seu culto na primeira cidade do Hélade após a inundação de Deucalião que hoje tem seu nome. Ela conseguiu isso após presentear a cidade com a árvore da oliveira. Um presente superior ao do seu rival Netuno que lhes deu, ao bater o seu tridente no solo, uma fonte de água salgada.
Minerva ‘Partena’, ou ‘da-Pureza’ sempre se manteve casta. Nunca teve qualquer relacionamento com deuses ou homens. E nem teve filhos. Ela, assim o fez, para dedicar sua vida exclusivamente à sua luta pela justiça e pela evolução humana.
Minerva ‘Palas’, ou ‘dos-Combates’, é sábia no planejamento dos embates, na movimentação dos exércitos, e nas decisões de batalha. O deus Marte é seu grande rival que permeia a ideia dos conflitos violentos enquanto a deusa Minerva busca a guerra estratégica. Ela é a grande guardiã e amiga de todos os heróis. Sempre auxiliando para que seus objetivos altruísticos sejam realizados.
Diana
A Deusa da Caça
Diana, filha de Júpiter e de Latônia, deusa titã do desconhecido, é irmã gêmea de Apolo e possui o controle sobre a vida selvagem e sobre a arte da caça. Ela aprendeu sua habilidade após ter sido presenteada por seu pai com o arco e flechas de prata construído por Hefesto, deus da forja. É conhecida como ‘Senhora-dos-Animais’ ou ‘das-Terras-Selvagens’. No entanto, as habilidades violentas de Diana não refletem na sua personalidade. Ela é a mais pura e casta das deusas e, como tal, foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas.
O seu mito começa logo ao nascimento quando Júpiter tem um romance fora do casamento com a titã Latônia, deusa de desconhecido. Quando Juno, esposa de Júpiter, soube da traição do marido, incorreu-lhe uma ira perversa. Ela enviou a serpente Píton para perseguir a grávida Latônia. Ao contrário de seu irmão gêmeo Apolo que nasceu depois, não houve dificuldade no parto de Diana, quando escondida da Píton na ilha de Ortigia.
Diana traz o semblante de caçadora vestida de túnica, calçada de coturno, trazendo aljava cheia de flechas sobre a espádua e o arco de prata na mão. Ela é constantemente vista acompanhada pelas ninfas da floresta, tendo a fronte ornada de um crescente. Ela é conhecida como a rainha dos bosques.
Muitos pretendentes desejaram entrar embaixo dos lençóis de Diana. Otos e Efialtes, gigantes filhos de Netuno, ameaçaram tomar Diana como esposa, mesmo que a força. A astuciosa deusa saltou em meio aos dois gigantes, os desafiando. Ambos faleceram atingindo um ao outro com suas lanças. Sipriotes acidentalmente entrou nos aposentos de Diana enquanto esta tomava banho e pensou que podia convencer a deusa para entrar na banheira. Ele acabou transformado em uma mulher. Boufagos também tentou dormir com ela à força, mas acabou arremessado até o outro lado do monte Foloe.
Mesmo de outros que tentaram cortejá-la educadamente, ela acabava se escondendo como o insistente Alfeu, filho do titã Oceano, que a obrigou a se camuflar na lama.
O único homem que encantou Diana foi Orion, o amor de sua vida. A deusa estava perdidamente apaixonada por este hábil caçador com quem queria se desposar. No entanto, o enciumado irmão Apolo impediu o enlace desse romance com uma perfídia. Diana estava numa praia quando foi desafiada por Apolo a atingir, com sua flecha, um ponto negro na água que, de tão distante, mal se distinguia. Diana, toda vaidosa e orgulhosa de suas habilidades, prontamente retesou o arco e atingiu o alvo. Espumas ensanguentadas substituíram o azul do mar. Era Orion que ali nadava, fugindo de um imenso escorpião criado por Apolo para persegui-lo.
Ao descobrir do desastre, Diana, cheia de desespero pela morte de Orion, conseguiu de Júpiter transformar, ambas a vítima e o escorpião, em constelações. Quando a constelação de Orion se põe no horizonte, a de escorpião nasce, sempre o perseguindo, mas sem nunca o alcançar. Depois de Orion, Diana nunca amou novamente.
Símbolo: O Arco
Vênus
A Deusa da Beleza
A essência de Vênus nasceu de três deuses primordiais: Céu, Terra e Mar, cujo sêmen do primeiro fertilizou o segundo, que caiu no terceiro, onde a deusa foi concebida. Esse evento ocorreu durante o confronto entre o titã Saturno e seu pai primordial Céu, que terminou com a castração deste último. Essa essência, no entanto, embora tenha se formado no Mar, incorporou uma das filhas de Júpiter com a ninfa Dione, gerando assim a bela deusa.
Vênus é a deusa do amor e da luxúria. É conhecida como a ‘Amiga-dos-Sorrisos’, sempre amando a alegria e o glamour. O seu culto é permeado por festas luxuriosas chamadas de Afrodisíacas, celebradas secretamente por toda civilização Danaã. Por essa razão, não se satisfez em ser a esposa caseira do trabalhador Hefesto. Ela sempre ansiou por mais.
Certamente, seus rituais são os mais exclusivos do Hélade, onde a libido e a liberdade sexual são enaltecidas. Apenas pessoas selecionadas e convidadas pela deusa podem participar do seu culto. Por essa razão, nenhum das doze cidades capitais possui Vênus como deusa patrona. Afinal, os seus rituais não são para qualquer um. Mas nem sempre a deusa foi tomada pela luxúria. Mesmo antes, já possuidora de grande poder sedutor, ela causava discórdia entre os deuses, apaixonados pelos seus encantos. A deusa desprezou todos, como se nada fossem.
Para evitar os conflitos criados pelos desejosos por sua filha, Júpiter obrigou-a casar com o horrível Hefesto. O deus Hefesto utilizou toda sua perícia com metais para cobri-la com as melhores jóias do mundo, incluindo um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas que a deixava ainda mais sedutora. Infelizmente, a cada dia, Vênus tornava-se mais desgostosa com o casamento arranjado. Foi quando encontrou um amante, o deus Marte, traindo assim o seu marido.
O seu romance com Marte terminou quando Hefesto pegou em flagrante os amantes na cama. Hefesto, desejando castigar esses amantes, prendeu-os com uma rede enquanto se abraçavam nus. Mas Hefesto ainda não estava satisfeito com a sua vingança. Ele convidou os outros deuses do Olimpo para ver essa vergonha. Alguns conseguiram olhar apenas a beleza de Vênus. Outros desejaram trocar de lugar com Marte. Todos zombaram do casal entrelaçado e do enganado deus Hefesto.
Alguns vêem Vênus como uma deusa promíscua devido sua sexualidade liberal. No entanto, essa condenação vem do medo dos homens frente à sua natureza incontrolável e completa independência. Exceto pelos deuses mais velhos (Júpiter, Plutão e Netuno), Vênus teve romance com todos os outros olimpianos. Ela foi casada com Hefesto. Viveu um caso com Marte cujo os frutos foram Fobo, Deimo e Harmonia. Esteve na cama com Mercúrio gerando o belo Hermafrodito e caprichoso Eros. E teve uma aventura com Apolo surgindo Himenaios, senhor do casamento.
Entre os mortais, divertiu-se com Dionísio Báco gerando Comus, patrono das festas. Esteve com Anquises de quem descende o herói Eneas de Tróia. E, hoje, vive um romance com o heroico Butes de Siracusa.
Símbolo: A Fruta Romã
Thesan, deusa da alvorada (Eos)
Turms, mensageiro dos deuses
Sethlans, deus dos vulcões
Cilens, deusa da noite
Vei, deusa da terra e da natureza
Culsans, deus dos viajantes de duas faces
Letham, deus dos partos e nascimentos
Thanr, deus dos partos e nascimentos
Mean, deusa da vitória
Satre, sem mitos conhecidos, talvez saturno
Leinth, sem mitos conhecidos
Suri, sem mitos conhecidos
Deuses do Submundo
Alpan, deusa do submundo
Heróis e Monstros
Calu, porteiro do submundo
Celclan, filho gigante da Terra
Culsu, demônio dos portões do submundo
Charun, Guardião do submundo com um martelo assustador
Tuchulcha, monstro do submundo com orelharas de burro, assas e cabelos de serpente
Lasas, deusas do destino
Vanth, deusa da morte, acompanhante de Charun
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