DIAMANTE PEAPAZ

Teoria Literária da Aldravia

Teoria Literária da Aldravia
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
 

 

Tudo fechado. Somente quando funcionava a aldrava, que os lusitanos mais apreciam escrever com b,
abriam-se as portas para que o visitante ingressasse no âmago da casa. A aldrava era o sinal de que havia vida e alma no interior da habitação.
Pois este é o undécimo ano do surgimento da "aldrava", algo que as gentes pouco (ou nada) conhecem, a não ser os iniciados
na poesia ou os seus utentes (como gostam de dizer os portugueses quando se referem a usuários).
Há espaço para a poesia em nosso tempo? Mais: há espaço em nosso tempo para uma forma nova de poesia?
Enfim, de que se trata? Esse nosso povo de Mariana gerou esse produto, até onde sei. Trata-se de um poema sintético
capaz de inverter ideias de que a poesia se acha num beco sem saída.
A aldravia abre a porta para que a poesia, enfim liberta e incólume, se apresente.
O poema, na forma e feição, é constituído de uma linométrica de até seis palavras-verso. Não mais.
Mas, nestas poucas palavras, condena seu sentido, significação e vida, de modo acessível, porque o interesse é de que haja compreensão.
Caso contrário, todo o esforço se perderia. Como o carrilhão no templo, adverte par a hora e convida à oração.
(Manoel Hygino dos Santos).

Origem do termo aldravia

O termo aldravia deriva-se de aldrava - peça de metal presa à porta das casas, utilizada para chamar os moradores na chegada de visitantes. A partir dessa imagem, os criadores da Aldravia batem à porta dos poetas, chamando-os à prática de uma poesia que lhes permite ampla interpretação.

Noções conceituais

Aldravia é nova forma poética, que conquista espaço pelas vias do mundo virtual, com o qual se identifica, pelo jeito minimalista de ser. Poema sintético, fixa sua essência na retórica metonímica. Palavra de ordem: o máximo de poesia num mínimo de palavras.

Salienta J. B. Donadon-Leal: "O primeiro legado dos aldravistas foi a ideia de organização do mundo artístico, seja para produzi-lo, seja para compreendê-lo, a partir do conceito de metonímia: porções constitutivas das coisas podem representá-las, muito bem, no mundo das significações. Essa percepção abre espaço para o enfrentamento à concepção prepotente das metáforas que trazem consigo arroubos de substituições totalitárias. Ao mesmo tempo, a poesia metonímica busca demonstrar que a poeticidade pode estar na simplicidade. A leitura da poesia não pode ser uma tortura em busca de significações. Sentidos têm que saltar da forma poética com a facilidade com que se captam os significados na fala cotidiana. Tortura não combina com poesia. A única dor tolerável na poesia é a do prazer" (grifo nosso).

A nova forma poética prescinde da utilização de recursos visuais adicionais, nada obstante aceita-se experimentação que não complique a leitura do poema.
 
Estrutura
 
A Aldravia constitui-se numa linométrica de até 6 (seis) palavras-verso. Esse limite de palavras ocorre de forma aleatória, conquanto adstrita à criação de um poema que abarque significados a partir de um mínimo de palavras.

Características das Aldravias

Andreia Donadon-Leal, criadora do novo formato poético, ao lado de Gabriel Bicalho, J. B. Donadon-Leal e J. S. Ferreira, expõe diretrizes para a elaboração das Aldravias:

1- iniciar os versos com letras minúsculas. Em caso de nomes próprios, vale a opção do autor;

2- a divisão em palavras-versos já implica pausa; por isso, não é recomendada a utilização de pontuação. Além disso, a pontuação limita possíveis interpretações relativas a livres escolhas do leitor em deslizar pausas para criar novos sentidos.

3- as pontuações de interrogação ou de exclamação podem ser utilizadas, se a sintaxe da Aldravia, por si só, não denunciar a sua proposição.

4- nomes próprios duplos (com ou sem ligação por hífen), cuja divisão resulta em outro nome (Di Cavalcanti, Van Gogh), podem ser considerados um único vocábulo;

5- nomes e formas pronominais ligadas por hífen podem ser considerados vocábulos únicos;

6- sugerir mais do que tentar escrever todo o conteúdo. Incompletude é provocação aldrávica.

7- privilegiar a metonímia, evitando-se a metáfora.

 
Aldravias vivenciadas pelos seus criadores
 

aldravias
buscam
continentes
em
longínquas
porções
*Andreia Donadon Leal

aldravia
meu
verso
universo
em
poesia
*Gabriel Bicalho

morangos
passeiam
sob
blusa
de
algodão
*J. B. Donadon-Leal

trovões
riscam
céu:
chuva
de
palavrões
*JS Ferreira

 
Observação:Antes de criar aldravias, estudar o que seja metonímia.

 
METONÍMIA
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
 


As figuras de palavras, também chamadas de tropos ou figuras de semântica, oferecem ao discurso sentido diferente daquele tradicionalmente empregado e as palavras assumem, dessa forma, um sentido figurado no contexto ao qual são integradas. A finalidade é imprimir um efeito mais expressivo na comunicação, que impressione e encante o ouvinte ou o leitor. As figuras de palavra são muito utilizadas em textos poéticos, pois permitem criatividade na interpretação. Nessa seara, destacam-se as METONÍMIAS, objeto do presente estudo.

O que é uma metonímia?

Proveniente da palavra grega metonymia (“além do nome”, “mudança de nome”), a metonímia ou transnominação consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Segundo o Dicionário Digital Aulete, trata-se de: “Figura de linguagem baseada no uso de um nome no lugar de outro, pelo emprego da parte pelo todo, do efeito pela causa, do autor pela obra, do continente pelo conteúdo etc.” Pode-se, portanto, identificá-la em diversas situações do nosso diálogo, tanto na oralidade quanto na escrita.

A leitura imediata de uma metonímia revela-nos um incômodo. O leitor tentará resolvê-lo usando um algoritmo próprio para metonímias, cujos elementos são:

substituto
substituído (referente)

relação de contiguidade
decifração

Decifrar a metonímia significa alcançar o termo substituído - o referente - que atende à dupla condição de ocupar a posição do substituto e manter com este uma relação de contiguidade. A decifração depende do contexto e a este será pertinente.

Exemplo: Li Castro Alves
Substituto: Castro Alves
Relação de contiguidade: Castro Alves é poeta
Substituído: poemas de Castro Alves
Decifração: Li poemas de Castro Alves

Exemplos de metonímias e correspondentes Aldravias

*As Aldravias aqui apresentadas são criações de Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz

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1 - Autor pela obra: "Gosto de ler Shakespeare todas as noites" (= Gosto de ler a obra literária de Shakespeare todas as noites).
Exemplo:
Aldravia 109
125268619?profile=original
Shakespeare
adormece
comigo
toda
noite -
poesia!
125268619?profile=original
2 - Inventor pelo invento: "Edson ilumina o mundo" (= As lâmpadas iluminam o mundo).
Exemplo:
Aldravia 106
125268619?profile=original
Edson

ilumina
olhar
da
humanidade
125268619?profile=original
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: "Abomino a cruz" (= Abomino o sofrimento).
Exemplo:
Aldravia 7
125268619?profile=original
ignoro

ignóbil
cruz -
cobiço
outro
Éden
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4 - Lugar pelo produto do lugar: "Quero degustar um Porto com emoção" (= Quero degustar um vinho produzido na cidade do Porto, Portugal, com emoção).
Exemplo:
Aldravia 107
125268619?profile=original
Porto

degustado
n’emoção
aquece
coração
solitário
125268619?profile=original
5 - Produto pelo lugar do produto: "Fumou um havana no nascimento do filho" (= Fumou um charuto, produzido em Havana, Cuba, no nascimento do filho).
Exemplo:
Aldravia 108
125268619?profile=original
havana

festeja
nascimento -
espirais
ao
vento
125268619?profile=original
6 - Efeito pela causa: "Sócrates bebeu a morte" (= Sócrates bebeu veneno).
Exemplo:
Aldravia 109
125268619?profile=original
qual

Sócrates
bebo
morte -
teus
lábios!
125268619?profile=original
7 - Causa pelo efeito: "Moro no campo e como do meu trabalho" (= Moro no campo e como o alimento que produzo).
Exemplo:
Aldravia 128
125268619?profile=original
comer

próprio
trabalho
requer
saber
campesino
125268619?profile=original
8 - Continente pelo conteúdo: "Bebeu o frasco inteiro" (= Bebeu todo o líquido que estava no frasco).
Exemplo:
Aldravia 111
125268619?profile=original
bebo
frasco
inteiro
do
teu
gozo
125268619?profile=original
9 - Conteúdo pelo continente: "Bebi dois cafezinhos" (= Bebi duas xícaras de cafezinho).
Exemplo:
Aldravia 112
125268619?profile=original
bebi
dois
cafezinhos -
salivo
teu
gosto!
125268619?profile=original
10 - Matéria pelo objeto: "Existem diamantes negros no teu rosto" (= Existem olhos negros no teu rosto).
Exemplo:
Aldravia 113
125268619?profile=original
diamantes
negros
enfeitam
rosto
sonhador
- brilham!
125268619?profile=original
11 - Instrumento pela pessoa que utiliza: "Os flashes corriam atrás da celebridade" (= Os fotógrafos corriam atrás da celebridade).
Exemplo:
Aldravia 114
125268619?profile=original
flashes
ansiosos
perseguem
meus
olhos -
fujo!
125268619?profile=original
12 - Parte pelo todo: "Vários rostos ilustram o outdoor" (= Várias pessoas ilustram o outdoor).
Exemplo:
Aldravia 115
125268619?profile=original
rostos

vazios
ilustram
outdoor -
ilusão
passageira!
125268619?profile=original
13 - Gênero pela espécie: "Nós, os mortais, somos capazes de imortalizar sonhos" (= Nós, os seres humanos, somos capazes de imortalizar sonhos).
Exemplo:
Aldravia 116
125268619?profile=original
somente
mortais
imortalizam
sonhos
125268619?profile=original
14 - Singular pelo plural: "O brasileiro foi chamado à luta contra a corrupção" (= Os brasileiros foram chamados, não apenas um brasileiro).
Exemplo:
Aldravia 117
125268619?profile=original
brasileiro
responde
pleito
afamado -
fora
corrupção!
125268619?profile=original
15 - Marca pelo produto: "Uma delícia dirigir minha Mercedes Benz!" (= Uma delícia dirigir meu carro da marca Mercedes Benz!).
Exemplo:
Aldravia 118
125268619?profile=original
cavalgo

minha
Mercedes
Benz
negra
delícia!
125268619?profile=original
16 - Espécie pelo indivíduo: "Heróis brasileiros morrem na Segunda Guerra Mundial" (= combatentes brasileiros morrem na Segunda Guerra Mundial).
Exemplo:
Aldravia 129
125268619?profile=original
heróis

brasileiros
tombam
na
Itália
imortais
125268619?profile=original
17 - Indivíduo pela espécie:
"O futebol brasileiro ressente a falta de novos pelés" (O futebol brasileiro ressente a falta de novos craques).
Exemplo:
Aldravia 127
125268619?profile=original
futebol
brasileiro
amarga
ausência
de
pelés
125268619?profile=original
18 - Símbolo pela coisa simbolizada: "A balança penderá para o lado da verdade" (= A justiça penderá para o lado da verdade).
Exemplo:
Aldravia 120
125268619?profile=original
enfim
balança
balouça
ética -
reconhece
verdade!
125268619?profile=original
19 - Concreto pelo abstrato ou vice-versa: "Meu pai é papo cabeça" (= Meu pai é inteligente).
Exemplo:
Aldravia 121
125268619?profile=original
num

papo
cabeça
papai
cabeceia
estupidez
125268619?profile=original
20 - Indivíduo pela classe: "Escolheram-me para cristo" (= Escolheram-me para ser sacrificado).
Exemplo:
Aldravia 122
125268619?profile=original
agora

sou
cristo -
fujo
da
cruz?
125268619?profile=original
21 - Classe pelo indivíduo: "Depois desse resultado, não mais acredito no Juizado brasileiro” (= Depois desse resultado, não mais acredito nos juízes brasileiros).
Exemplo:
Aldravia 123
125268619?profile=original
corrupção

desafia
Juizado
brasileiro -
perigo
constante
125268619?profile=original
 

Referências
 
ABREU, Antônio Suárez. Gramática mínima. Cotia: Ateliê, 2003.
 
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Literatura brasileira em diálogo com outras literaturas. 3. ed. São Paulo: Atual Editora, 2005.
 
CUNHA, Celso, CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
 
DONADON-LEAL, Andreia; BICALHO, Gabriel; DONADON-LEAL, J. B.; FERREIRA, J. S. ABC das aldravias. Recanto das Letras, São Paulo. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3841415. Acesso em: 14 jun. 2016.

MANOSSO, Radamés. Metonímia. Palavras sobre palavras, [s.l.]. Disponível em: http://radames.manosso.nom.br/linguagem/retorica/recursos-retorica/metonimia. Acesso em: 15 jun. 2016.

SANTOS, Manoel Hygino dos. Caminho novo. Jornal Aldrava Cultural, Mariana, MG. ISSN 151-9665. Disponível em: https://www.jornalaldrava.com.br/pag_aldravias_fortuna.htm

PERINI, M. A. Gramática descritiva do português. 4. ed. São Paulo: Ática, 2006.
 
PIRES, Orlando. Manual de teoria e técnica literária. Rio de Janeiro: Presença, 1981.

SAVIOLI, Francisco Platão. Gramática em 44 lições. 32. ed. São Paulo: Ática, 2000.
 
TUFANO, Douglas. Estudos de língua portuguesa: minigramática. São Paulo: Moderna, 2007.
 
VERBETE. Metonímia. Dicionário Aulete Digital. Disponível em: http://www.aulete.com.br/metonimia. Acesso em: 14 jun. 2016.
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Comentários

  • DIAMANTE PEAPAZ

    COMENTÁRIO DE MARIA-JOSÉ CHANTAL F. DIAS - 15 de Junho de 2016 as 11:03am

    QUERIDA MESTRA!
    AAAHHH! Assiiiiimmmm está muito melhor mais claro mais inteligível a TODOS!
    Gostei imenso este documento, pois gosto muito de ALDRAVIAS!
    OBRIGADA MESTRA!
    É importante
    desmistificar a DIFICULDADE da Metonímia!
    MAS RESPEITANDO E ESTUDANDO a Metonímia!!
    Como a balança sempre foi a Justiça! a serpente tem varios simbolos mas com uma taça é igual a remédio farmacia, o charuto é riqueza e festa é Cuba...é clube!rs
    tudo isto é linguagem metonímica...que usamos geralmente sem notar! Como no 8 e no 9 ou mesmo no 14: bastaria ter dito o Povo brasileiro -o Brasil- foi chamado...!!!
    Porto é vinho! esquecemos quase da cidade! nesse eu teria escrito sem o artigo indefinido, criando ainda mais uma leitura ainda mais metonímica: o Porto Cidade (cultura e Gastronomia) e o Porto Vinho é a degustação do que envolve o Porto!! e cria espaço para um outro verso! Julgo que os determinantes pesam e podem retiram espaço a versos rsrs SÓ temos 6!!! ou algo que crie Poesia...

    um
    Porto
    degustado
    na
    emoção
    aquece
    coração

    O poema 13 e em 16, faltam-lhes um verso! Pode ter 5 versos? Em principio sempre li 6 versos!

    Excelente
    Criação
    de Página
    ! E excelentes Aldravias ilustrativas!

    RESPOSTA DE SÍLVIA MOTA PARA MARIA-JOSÉ CHANTAL F. DIAS - 16 de Junho de 2016 as 2:02am

    Queridíssima Chantal,
    Primeiramente, agradeço-te a leitura cuidadosa e as sugestões bem-vindas!
    Acreditas que escrevi esta resposta por DUAS vezes
    e perdi TUDO em razão de "congelamento" da tela?
    Então, fiquei com preguiça de reescrever, pela terceira vez!
    Agora, com mais calma... vamos lá!
    Sobre a Aldravia 107 (numerei-as, para facilitar meu processo de correção),
    aceitei retirar o artigo indefinido "UM", realmente desnecessário,
    mas mantive a forma simplificada "n'emoção" e acrescentei a palavra "SOLITÁRIO".

    Como escrevera tudo pela madrugada cansada,
    aproveitei para rever enunciados e Aldravias.
    Nesse embalo, modifiquei algumas coisas,
    que considerei necessárias, para além das tuas sábias intervenções.
    Quanto ao número de palavras-verso, acima escrevera, com base em meus estudos:
    "A Aldravia constitui-se numa linométrica de até 6 (seis) palavras-verso"
    Portanto, podemos usar ATÉ seis palavras-verso.
    E, antes que TUDO congele novamente,
    porque ameaças surgem de que acontecerá,
    encerro essa "missiva" rsrsrsrs...
    Beijossssssss

    RESPOSTA DE MARIA-JOSÉ CHANTAL F. DIAS PARA SÍLVIA MOTA - 17 de Junho de 2016 as 4:52pm

    Querida Mestra!!
    Terrivel quando tudo o que se escreve desaparece! Minha filha disse que se deve fazer Control -Z e que volta tudo!! mas AQUI já o fiz ......e não voltou!!!!! fico ..grrrrrraaaaaaaaauuuuuu!!!
    ahaaahhahaahah
    Entendi a questão dos 5 versos e ATÉ aos 6 versos!! mas como vi nos aldravistas os 6 fiquei na dúvida!
    O Título..... acho mais "vestidinho" com ele!! Mas tens razão: traz um atavio dispensável: os versos falam que chegue! É como colocar o guarda-jóias em peso sobre nós!!! vou fazer a mesma limpeza nos meus!!
    O 107 ficou lindo!! E deveras...sem UM...fica mais enxutinho!!!
    Engraçado como quando nos debruçamos neles se esculpe, se afina, quase ao infinito!
    Mas eu sou suspeita! muito suspeita kkk Sabes quais as árvores que amava desenhar e fotografar?! as invernosas, despidas nuas.... Eram esqueléticas??! Não!! para mim eram delineadas e sublimes! então com nevoeiro...uuuaaaaaauuuu!! fabulosas!!! Por isso Aldravia e Trívioletra fazem sentido........ para mim!
    Há um promenor que não falei mas achei que juntares os diferentes links das referências e bibliografia, sobre os assuntos, muito importantes!
    Beijos e mais uma vez OBRIGADA por tudo
    deu pra ver que amei teus gifs???!!

    RESPOSTA DE SÍLVIA MOTA PARA MARIA-JOSÉ CHANTAL F. DIAS - 18 de Junho de 2016 as 5:59pm

    Percebi, sim, que gostaste dos gifs mais do que das minhas Aldravias...
    Sempre que tenho um tempinho burilo meus escritos.
    Nada demais! São meus, mesmo!!!
    Além do que, gosto de tudo muito bem acabado...
    Aprendemos juntos, por aqui
    e isso é muito bom... uma chuva de amor!
    Uma coincidência, entre nós...
    SEMPRE apreciei as árvores de galhos desnudos.
    Minhas pinturas traziam galhos secos, com frutas penduradas.
    Acho-as, esteticamente lindas... limpas!
    E ainda teve psicólogo/psiquiatra que tentou desvendar isso...
    Pode?!!!
    Calma, gente! Nem tudo é loucura!!!
    Quanto às referências assinaladas, sempre faço isso.
    Costume de cientista do Direito
    e Professora de Metodologia da Pesquisa...

    COMENTÁRIO DE MARIA-JOSÉ CHANTAL F. DIAS - 13 de Junho de 2016 as 11:30am

    Querida e adorada Mestra Silvia Mota! é extraordinario o que se aprende nesta sua casa, de Poesia e Arte!
    A Poesia Minimalista/Experimental tem uma linha, isto é, uma escrita seca enxuta e despida de atavios que pesam no poema! com recursos literários linguisticos que ajudam imenso a criação!
    A sacro-santa Metonímia é o CERNE da Aldravia! parece dificil, ok! não é simples, mas os exemplos que existem na apresentação das Aldravia são muito esclarecedoras!
    Engraçado para mim Às vezes quase que se mistura com a personificação! mas .... não é fácil-fácil mas é muito DESAFIANTE!! Muito desafiante mesmo!
    Por vezes vejo que há autores que fazem estrofes....mas ...não tem estrofes!
    Poemas são alimentos da alma e da mente... Pedem IGUAL respeito pela sua confecção, tal como um Pão-de-Ló ou um Caldo Verde ou um assado na brasa!
    Beijossssss
    Chantal

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