As trovas aqui apresentadas integram a obra "Vida Afora", meu primeiro livro de trovas publicado:
Como é bom sentir o vento,
ver árvores generosas,
ver astros no firmamento,
ouvir canções, ver as rosas.
Toda esperança é qual lume
cheio de luz e calor,
é o mais dúlcido perfume
que minora a nossa dor.
A borboleta molesta
a pobre folha mofina,
sobre ela, qual bailarina
dança em delírio e festa.
Sempre, em tudo, o morticínio,
vê o homem bruto, em ânsia;
tendência para o extermínio
é suprema ignorância.
Há tanta gente vibrando
para que a vida me vença
que às vezes, fico pensando:
Ah! Se não fosse esta crença...
Se neste mundo mesquinho
nos tratarem com motejo,
tornar-nos-emos arminho
aproveitando este ensejo.
Desparzamos azade
nas lutas do dia-a-dia,
porque toda a Humanidade
é a nossa grande família.
Guarda no teu coração
a fé viva e a esperança
é da resignação
que nasce toda confiança.
Sempre que o véu da tristeza
ensombrar teu coração,
repara, quanta beleza
está ao alcance da mão!
Os laços indestrutíveis
que reúnem corações,
são, geralmente, invisíveis
nascem só das emoções!
És, Brasil, meu ar, meu pão,
o meu templo, a minha escola,
és Pátria do coração
que Deus me deu por esmola.
Ó minha alma insatisfeira,
na escuridão que te alcança,
ante a noite contrafeita,
ergue a tocha da esperança!
Respostas
""Como é bom sentir o vento,
ver árvores generosas,
ver astros no firmamento,
ouvir canções, ver as rosas"".
Querida Silvia.
As trovas de D. Mariinha são muito belas e consistentes. Em cada trova há uma forte relação com a vida e com o bem. Mesmo sem tê-la conhecido, percebo como era grande seu Espírito, a sua vida, em relação direta com a humanidade e com a Natureza. Obrigada pela partilha.
Beijosssssss
Lindas trovas
Sua mãe parecia ser super dócil
Dotada de leveza na alma
Encantada ! Parabéns Silvia
Gde beijo
Maravilhoso resgate poético.
Trovas/homenagens saudando doces recordações em coração filial.
Sempre bom poder reler.
Adorei.
Bjsssssss
Eu - Apaixonada por trovas como sou. Curvo-me diante de tanta beleza em versos.
Homenagens trovadas que se perpetuaram.
Agradeço a partilha e o momento.
Bjssssssssssss
Também aprendi muito com minha querida Mamãe...
Grata, Mônica, por tuas palavras carinhosas.
Beijossssssssss
Trovadora excelente que não conheci, mas pelas trovas era com toda a certeza uma pessoa doce, terna amiga dos amigos,
e por isso merecedora desta homenagem recordando-a lendo sua própria poesia com imenso carinho por parte dos Poetas desta casa.
Beijinho a todos
Sim, Mamãe era assim...
Agradeço-te, querida Natália, as palavras generosas.
Beijossssssssss
Querida Silvia.
Obrigada por compartilhares as belas quadras de D. Mariinha.
Lendo-as admiro a pessoa que foi e que se expressa em delicada ternura, doçura e amor a muitos de seus amigos.
Quando vejo suas fotos e escritos, sinto-a perto de mim, pelos sentimentos e bondade gravadas ali.
As pessoas belas, de bom coração, imortalizam-se pelo que foram, pelo que escreveram e que serão eternas as boas lembranças .
Mesmo não conhecendo-a pessoalmente, sinto-me amiga da grande e querida escritora, que tenho certeza de que está feliz pela jóia chamada Gratidão que lhe oferecemos.
Beijosssss
Querida Arlete, não imaginas a felicidade que sinto ao ler tuas linhas!... Tal homenagem à minha Mamãe, me comove... Agradeço-te, sinceramente... Beijosssssssss