Na casa do meu cerrado, tem pote de barro lindo, na frente jardim florindo, uma rede armada ao lado onde dorme o bem amado... Feita de caraguatá Tem rapé, tem guaraná, que bem cedo é servido pro amigo, mãe, marido, do jeito que não tem cá. Nas c
Meu senhor, minha senhora, vim cantar por precisão, falar da nossa nação, de gente que sofre e chora nas mãos de quem ri e explora: índio, negro, quilombola, idosos que pedem esmola, crianças prostituídas nos bares, nas avenidas, onde muitos cheiram cola.
Minh’alma, aguapé que em mim flutua, Tem algo dessas cheias pantaneiras, que deixa os territórios sem fronteiras, beijando o pé da serra e a terra nua.
Minh’alma é feito enchentes derradeiras na força que lhe empresta a cheia lua, rasgando mil espa
Almas LibertáriasNão há porque pedir perdão, querido,Pois eu só sei te amar em liberdade,Embora sinta dentro em mim saudade,Eu juro que, jamais, eu hei sofrido.Eu amo a alma tua peregrina,Que voa pelos céus, qual bela águia,Ainda que nem sempre eu af
"Se queres ser universal, canta tua aldeia..." , escreveu Paulo Freire, alhures. Concordo. Mas mas há que se ter mente uma questão de ordem filosófica e antropológica: a aldeia existe somente porque existe o mundo, e o mundo existe porque existem lug
Eu sou a tua mãe terra Te alimento no ventre Te balanço na rede Te acolho no colo Recebo teu corpo Vivo ou morto Te sustento te reduzo a pó! Os rios serpenteiam toda minha pele cortam meu corpo! São minhas veias Que matam tua sede As cascatas meus es
Hei de Chorar por ti, desde as entranhas,E m cada verso meu, em cada estória,Inda que dor me cause tal memória,Depure em mim tristezas mil, tamanhas...Eu cantarei teus povos dizimados!Cada um deles, juro, cantarei!Hoje e sempre, por ti eu clamareiO m
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Soçobro em alto mar! Perdi tudo o que quis,,,Agora vivo assim, como se fora atriz,Nas altas ondas vou. Eu vivo por um triz,Ao léu eu jogo o véu E vou sem diretriz!Sorvendo o amargo fel, já fiz e já desfiz...Ferido está meu ser! Sou pura cicatriz!Feli
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