Posts de Manoel Dias da Fonsêca Neto (15)

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FLORENCE NIGHTINGALE 

A enfermagem é arte e ciência,
Ajuda manter processos vitais,
Criando condições ambientais
Do enfermo recompor sua eficiência.

São oito os princípios de Florence,
Ar puro, luz suave e aquecimento,
A limpeza, silêncio e alimento, 
Ventilação e afeto que convence.

Ao ser reformulada a Lei dos Pobres,
Ampliada por sua intervenção,
Dispensou-lhes cuidado bem mais nobre.

Vigilância contínua e compaixão,
Nos seus doentes ela redescobre
O amor à vida em sua profissão.

Manoel Fonseca

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TEMPO DE NASCER

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Ilustração de Audifax Rios  (Livro Tempo de Nascer de Manoel Fonsêca)

Habita, em meu corpo, outra pessoa,

sou a morada de um novo espírito!

É tempo de espera,

de recolhimento,

de silenciosa doação,

compartilhando movimentos,

vivenciando a beleza do existir.

Do deixar existir no meu corpo.

Será que ele chora, será que ele ri,

será que ele sonha pensando em mim?

Faremos, juntos, o preparo do tempo de florir.

Ele me dará o sinal

e aceitarei, de corpo e alma,

este tempo aflito da separação.

Ele virá como uma luz,

me fará resplandecer

e meu coração transbordará

de infinito amor e emoção!

Manoel Fonsêca

CONVITE

 

A Academia Quixadaense de Letras-AQL tem a honra de convidá-lo (a) para participar de uma Conferência sobre Parto Humanizado, em sua nova sede, situada na Rua Rodrigues Júnior, N° 1140, no auditório João Eudes Costa.

 

Título da Conferência: O Cuidado Humano no Parto e Nascimento. 

 

Informamos que as inscrições serão gratuitas e já estão abertas, na Academia Quixadaense de Letras, através do telefone (88) 999910131 ou pelo e-mail: angela.pborges@hotmail.com

Data: 07/04/2017 (sexta-feira),das 14:00 às 17:00 h.

CONFERENCISTA:

Dr. Manoel Dias da Fonseca Neto – Médico, Ex-Secretário da Saúde de Fortaleza, Especialista em Epidemiologia e Mestre em Gerenciamento de Sistemas Locais de Saúde.

 

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LUZIA

3542042562?profile=originalIlustração de Audifax Rios - Livro Benditas e Guerreiras (M.Fonsêca)

LUZIA

Luzia iniciou sua jornada,

a primeira mulher de nossa terra,

em Minas onde ergueu a fronte ousada,

corpo pequeno e mente, agora, eterna.

 

A primitiva vida atormentada,

sua primeira morada uma caverna.

Será que a protegia alguma fada?

Alguma deusa a olhava, terna?

 

Que perigos enfrentou em sua lida,

pois morreu jovem, vinte e poucos anos,

talvez por feroz tigre bem ferida.

 

A flor da luz de suas mãos nascia,

pois proteger seu grupo eram seus planos,

quando o fogo na noite reluzia!

LUZIA (a primeira brasileira) foi o nome que recebeu do biólogo Walter Alves Neves o fóssil humano mais antigo encontrado nas  Américas, com cerca de 11.400 a 13.000 anos. Este crânio de uma mulher, com cerca de 20 anos, foi encontrado no início dos anos 70 pela missão arqueológica franco-brasileira, chefiada pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire. O crânio foi achado em escavações na Lapa Vermelha, uma gruta na região de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Luzia foi provavelmente vítima de um acidente, ou do ataque de um animal. 

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SAUDAÇÃO, PELO POETA E ESCRITOR  MANOEL DIAS DA FONSÊCA NETO, AOS NOVOS MEMBROS DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MÉDICOS ESCRITORES – SOBRAMES-CE

 

Caros confrades e confreiras.

Prezados e prezadas novos e novas Sobramistas.

Inicio a saudação aos novos e novas Sobramistas com versos do poema “O Livro e a América” de Castro Alves:

“Por isso na impaciência 
Desta sede de saber,
 
Como as aves do deserto
 
As almas buscam beber...
 
Oh! Bendito o que semeia
 
Livros... livros à mão cheia...
 
E manda o povo pensar!
 
O livro caindo n'alma
 
É germe — que faz a palma,
 
É chuva — que faz o mar.”

 

Escrever é uma atração, principalmente para quem exerce outra arte, a medicina. A arte de curar, aliviar a dor e o sofrimento, nos inspira a usar a escrita como uma linguagem, uma forma sublime de comunicação com a alma das pessoas, na busca de despertar o pneuma, o sopro vital, que existe em cada um de nós. Ao exercer o nosso ofício, a nossa ars médica, procuramos janelas de entendimento, de conhecimento do que o outro sente para, juntos, definirmos caminhos do bem viver ou do viver melhor.

O primeiro elo/sentido da comunicação entre o paciente e o médico é o olhar. Olhar nos olhos. Jamais devemos perder a capacidade de olhar a pessoa como ser humano, nosso semelhante. Este é o primeiro sentido da visão, da observação, embora este sentido possa ser ampliado milhares de vezes pela tecnologia imagética.

Eu te olho sem ter pejo.

Existo no teu olhar.

Te vendo sempre me vejo,

O humano a se espelhar!

 

O segundo elo/sentido da comunicação é a audição, que deve captar sensações, angústias, sofreres, vontades e prazeres, expressos pela fala. Mas este elo só será eficaz se tivermos a capacidade da escuta paciente, acolhedora e amorosa.

Eu escuto tua fala,

Que ressoa em meu peito.

Minha alma, então, se cala

Para ouvir-te com respeito!

 

O terceiro elo/sentido da comunicação é o toque, o exame físico, que deve ser respeitoso, delicado, pois o corpo é sagrado, é a morada do espírito. E ao permitir ser tocado, o paciente também cuida de nós, para que aprendamos a lição da dignidade no trato com as pessoas.

Ao te tocar o sagrado

Do teu corpo, se faz luz.

Com tato te dou cuidado,

Teu cuidado me seduz!

 

O quarto elo/sentido da comunicação é o paladar, o sabor, de sabedoria, saboreio. É compreender os gostos e costumes da pessoa que nos procura, deixá-la à vontade, saboreando a convivência do instante.

Teu convívio saboreio,

Temperado com alegria,

Posso dizer, sem receio,

Trocamos sabedoria!

 

O quinto elo/sentido da comunicação é o olfato. O cheiro, além de resultar da suspensão de algumas moléculas percebidas por nossos receptores sensitivos, presentes na cavidade nasal, é expressão de amorosidade, de percepção do outro, da sua essência. Quem já não ouviu a expressão “cheiro de menino novo”, uma mistura do cheiro do bebê, lambuzado de leite materno?

 

Um cheiro bem carinhoso

Transmite afeto e emoção.

Deixa um perfume gostoso

Quem ama de coração!

 

Este é o sentido maior da Sobrames: unir a arte da medicina com a prosa, o canto, a poesia, na busca da harmonia entre os viventes e com a mãe natureza.

Refletem nossos sentidos

Janelas de sentimentos,

São caminhos percorridos

Na busca do entendimento.

 

 

Sejam bem-vindos e bem-vindas novos e novas Sobramistas.

Manoel Fonsêca

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Cristo, Estrela Guia

Natal, nascer, renascer

Para os sonhos, para a vida,

De fraterna acolhida

Do olhar que mira meu ser.

 

Um menino se anuncia

Com prenúncios de paixão.

Sua luz é estrela guia

De doce revolução!

Atire a pedra primeira

Quem erro não cometeu.

O amor não tem fronteira,

“Amai, assim, como Eu!”

 

Livre serás da usura,

Mais vale ser do que ter.

Não ao ódio e sim ternura

Ser justo é teu prazer!

Tua fala seja tua alma

Que expresse teu coração

A paz, o afeto e a calma

São, do Cristo, a lição!

 

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SENTIDOS

SENTIDOS

Eu te olho sem ter pejo.

Existo no teu olhar.

Te vendo sempre me vejo,

O humano a se espelhar!

 

Ao te tocar o sagrado

Do teu corpo, se faz luz.

Com tato te dou cuidado,

Teu cuidado me seduz!

 

Teu convívio saboreio,

Temperado com alegria,

Posso dizer, sem receio,

Trocamos sabedoria!

 

Um cheiro bem carinhoso

Transmite afeto e emoção.

Deixa um perfume gostoso

Quem ama de coração!

 

Eu escuto tua fala,

Que ressoa em meu peito.

Minha alma, então, se cala

Para ouvir-te com respeito!

 

Refletem nossos sentidos

Janelas de sentimentos,

São caminhos percorridos

Na busca do entendimento.

(M. Fonsêca)

 

Feliz Natal e um Ano Novo de Paz

DEZEMBRO/2016

 

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Ao completar 70 voltas em torno do sol.

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Setenta anos já vivi, 
Plantei sementes de aurora,
Muitos frutos já colhí,
Filhos, netos e uma Senhora
Com ternura me sorri,
Sempre meiga e sedutora.

Plantei livros com carinho
E flores da liberdade.
Trilhei o justo caminho,
Buscando a fraternidade,
Colhí também os espinhos
De quem pratica a verdade.

O PEAPAZ foi um presente
Nestes meus setenta anos
Que me deixou mui contente
Plena deCom vosso calor humano,
E me fez mais consciente
Do afeto que é soberano.

Saudações fraternas,
Manoel Fonseca

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A PRIMAVERA

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A Primavera, Botticelli Filipepi, Sandro, c. 1482 - Tempera on panel - Uffizi Gallery

Que bela, a sagrada Primavera.

As Três Graças, diáfanas brincantes,

São  a poesia em imagem deslumbrante,

A estética e ética em sinfonia vera.

 

Das mulheres, as três faces divinas,

As três fases, sábia, mãe e donzela,

Expressão da natureza feminina,

Cada musa sua graça nos revela.

 

Aglaia, encantamento e claridade,

Tália, das flores e fertilidade,

Eufrosina, da dança e alegria.

 

Do universo, simbólica harmonia

E afetuosa delicadeza,

Opondo à violência, a gentileza!

Manoel Fonsêca

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CEARÁ IMAGINÁRIO

Caminhada imaginária através de várias cidades do Ceará/Brasil, destacadas em caixa alta

 

CEARÁ IMAGINÁRIO

Manoel Fonsêca

 

Ceará, terra ALTANEIRA

Dos escravos, REDENÇÃO,

Na alegria sem BARREIRA,

Faz GRAÇA de coração!

 

Tem heróis da INDEPENDÊNCIA,

Liberdade é sem PORTEIRA,

BELA CRUZ traz como crença,

 AURORA é sua bandeira.

 

IRACEMA e sua beleza,

No IPU,  banho de bica,

Correu para FORTALEZA

E fez sua praia mais rica.

 

Depois de BOA VIAGEM,

Fui até o BREJO SANTO

Num JARDIM fiz uma passagem,

Flor VIÇOSA, que encanto!

 

Em RUSSAS chupei laranjas,

Passei em ICÓ bem fagueiro,

Pra comer ata em GRANJA

E tomar banho em GRANGEIRO.

 

Aprendi a ter amor

À minha terra querida,

Com a pequena QUIXELÔ

De tribo indígena nascida.

 

  De pedra, fui ver o frade,

E também ITAPIPOCA,

Indo dormir já bem tarde

Na Serra da MERUOCA.

 

Chegando em GUARAMIRANGA,

Acredite e tenha fé,

Comendo muita pitanga

Fui bater em CANINDÉ.

 

Vi MADALENA apressada

Para falar com SANTANA,

Mandar Maria, AMONTADA,

Fugir da ira insana.

 

Corra, por CARIDADE,

Atravesse o ALTO SANTO,

MILAGRES de verdade

Salva Jesus com seu manto.

 

Percorra o TABULEIRO

De BARRO e MASSAPÊ,

Um bosque de SABOEIRO

É um MARCO, pode crer.

 

CEDRO, PEREIRO e JUCÁS,

Os frutos do JUAZEIRO,

LIMOEIRO e CROATÁ

Protegem os viageiros.

.

Vi também o SÃO JOÃO

Batizando a Jesus,

Ensinando o perdão,

Fazendo o sinal da CRUZ.

 

Vi Jesus jogar TARRAFAS

Deixando todos contentes,

Mil peixes n’uma só safra:

Alimentou muita gente.

 

Vi muita terra encantada

Neste belo CEARÁ,

Pedra de ponta curvada

O teu nome é QUIXADÁ!

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PESSOA TEMPO

 

Hoje sou pessoa tempo.

Amanhã, quem saberá?

O tempo neste momento

é  presente e passará!

 

Posso ter um tempo lento,

Só o tempo é que dirá.

Devo, pois, usar o tempo

sem muito tempo gastar.

 

Se corro atrás do tempo,

O tempo nunca virá!

Pra  que este contratempo

 se tempo tenho pra dar?

 

Hoje sou pessoa tempo,

  meu tempo posso te dar.

Ficando comigo um tempo,

parte de mim tu terás!

 

M. Fonsêca 

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MEU PAI, UM HOMEM BOM

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MEU PAI, UM HOMEM BOM

 

Seu Manoelzinho, português de Quixadá, foi antes de tudo, um homem bom.

As forças do universo guiaram nosso pai para que saísse do longínquo Portugal e fosse encontrar nossa mãe no interior do Ceará, em Quixadá, a terra dos monólitos. Nascidos a milhares de quilômetros de distância, em continentes diferentes, nossos pais estavam predestinados à união. Meu pai se fez Quixadaense, e, a cada dia, madrugava para preparar fornadas de pão gostoso na Padaria Estrela do Norte. Caminheiro incansável, em sua eterna bicicleta ou com seus pés andarilhos, percorreu mil vezes as ruas de nossa cidade, criando raízes profundas e distribuindo, com o pão de cada dia, amizade sincera, a simplicidade e o modo de ser fraterno!

 

Deve estar nos caminhos celestiais, pedalando em sua bicicleta alada, distribuindo gentileza ou percorrendo jardins diáfanos, ao lado de nossa mãe.

 

Nosso pai foi um exemplo. Cumpriu bem e plenamente seu destino nesta terra! Nos deixou, a todos, um legado sagrado:  o de que o homem deve amar seu semelhante e a vida pode ser vivida com dignidade, honradez e fraternidade. Não é preciso odiar, não é preciso enganar, não é preciso destruir a fé e a confiança no ser humano para sobreviver. Acreditou nos outros, acreditou na vida, acreditou na verdade, praticou até o fim de seus dias, a bondade. Foi assim que viveu meu pai, Manoel Rodrigues da Fonsêca, foi assim que morreu, será assim que viverá em nossos corações.

 

Manoel Fonsêca - Brasil

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VIDA

Eu sou a vida,

Sou terra, água, fogo e ar.

Lua e sol, sombra e luz,

Grão e duna, onda e mar,

Cor e arco-íris, estrela e constelação,

Partícula e universo, profana e sagrada,

Existência e transcendência,

Efêmera e eterna,

Morte e renascimento.

Ser em transformação,

buscando a plenitude do Uno e do todo !

Manoel Fonsêca (Do livro Iracema nosso amor)

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TEUS OLHOS, MEUS OLHOS

Eu te olho sem ter pejo.

Existo no teu olhar.

Te vendo sempre me vejo,

O humano a se espelhar.

 

O afeto dos teus olhos

Faz minha alma exaltar,

Sem travas e sem abrolhos,

Janelas pra se mirar!

 

Somos humanos, pessoas

Diferentes, mas iguais

Na essência que coisa à toa

Pensarmos ser desiguais!

 

(Manoel Fonsêca) 

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