Maus poetas - serão poetas?
Não aceito esta possibilidade...
Eu-poeta habito dimensão sui generis
mágica - espinhosa e arriscada - única,
onde não sobreviveriam incólumes
os demais seres humanos.
Tanto os céus quanto os infernos
trafegam na ponta da minha língua
e o meu sorriso é tão belo
quanto a dor que exorcizo no rosto.
Se escorrego no limite da palavra,
salvo-me nas vírgulas ou nos pontos finais,
e, ao anseio de imortalidade,
desenho-me em reticências...
Os sons do meu silêncio
abafam barulhos dissonantes.
Enxergo no escuro luzes latentes
e assopro brilhos inconsistentes.
Vivo, morro e renasço
sem o auxílio de ninguém.
Ofereço sentido às palavras
e faço-me louca divinal.
Causa e Efeito.
Poesia.
Amor.
Paz.
Sim... meramente louca!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2011 - 12h
Comentários
Mesmo que quisessem, os poetas não seriam normais; ou não seriam poetas...
Belíssimo Poema!
Encantador, adorei as metáforas!
Que a loucura continue, para nos encantar,
eternamente! Amei!
Beijos
Reflexivo poema ! "é como diz o Ditado Popular: (DE POETA E LOUCO TODOS TEM UM POUCO)" /// PAZ E BEM MINHA LINDA POETISA ! BEIJUSSS
O racional e o irracional que nos habita altamente poetificado
Linhas vivas e efusivas transbordantes de emoção, como a taça que transborda a última gota.
Sensacional querida Mestra!
beijos