Andei sonhando mais do que eu devia,
e agora estou aqui – asas quebradas –
sem ter comigo as prendas tão sonhadas,
repleta de vazios. Pobre harpia
que planou alto, asas envergadas,
buscando o resplendor da serrania,
os cumes, onde reina a calmaria,
olhar de lince, unhas aguçadas.
Sonhar, voar planando nas alturas
para tombar no chão das desventuras
sem alcançar os tão sonhados cumes.
Mas como não sonhar, planar nos céus?
Como viver incréu entre os incréus?
Ficam nos ninhos pássaros implumes.
Comentários
Belo poema, Edir Pina! Como não sonhar?
O sonho nos alimenta e fortalece as buscas!
Parabéns!
Sonha é relevante para enriquecer a realidade.
Belíssimo poema!
Beijossssssssss