Compor poemas
Compor poemas é um ato ingênuo e forte,
mas nunca deflorar o branco puro em riste
da folha de papel imposta pela sorte
- tal como virgem luz - à qual ninguém resiste!
O verso há de conter lirismo e belo porte,
navegue na alegria, ou na
Maus poetas - serão poetas?
Não aceito esta possibilidade...
Eu-poeta habito dimensão sui generis
mágica - espinhosa e arriscada - única,
onde não sobreviveriam incólumes
os demais seres humanos.
Tanto os céus quanto os infernos
trafegam na pont
Estupro!
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não!
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não!
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não!
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não!
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não
Às saudades... todas as saudades...
Poeta suicida
Há dias aos quais sonho a vida
de forma tão insana,
que desgrudo meu olhar de mim
e afloro primavera queimada.
Hastes secas,
pétalas ressequidas
ao sol do meio dia
- enxerto mal feito -Há dias aos q
Acordei nua e tua na quarta eiva de cinzas
Às pétalas de rosa, aqui restei vestida!...
Coberta de nudez, ardência apaixonada
a perfilar pecado. Em pauta, não querida,
há som gemido em mim... És tudo enfim... e o nada!
Às pétalas de rosa, aqui re
Em rubras meias, pernas que dourei ao sol...
Ardente – meu desejo atiça em atropelo,
frisson desmesurado em beijo santo e fero.
Desfilas pouco a pouco o teu perfil e ao tê-lo
alcanço o paraíso - há beijo em som bolero.
Acesa - minha boca eivada ao
Perfídia
Ambicionei trair meu sentimento...
Na roupa, o lastro rubro do pecado,
nos verdes olhos, brilho indecifrável.
Desejei atraiçoar meu coração,
pintei de sonho a boca, em desprezo
à honradez canina da minh'alma.
Sentir o gosto impuro da
Sagrada ou Sacrílega?
A Antiguidade sacralizou-te, puta sagrada,
mas, ao tempo, o humano inumano ofendeu-te...
O homem-poder enfeita teu colo com jóias caras e raras,
para depois desonrar-te aos seus pés.
O camponês alivia em ti seu esperma de lavou
"Efeito Werther" em suicídios românticos
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Foto pessoal, aniversário dos 57.
Eu, enquanto leitura
Jamais afirmes meu difícil acesso.
Ao externar a poesia que me habita
dou-te a conhecer sem reservas
meus caminhos mais significativos.
Exijo-te, ao mínimo, que sejas bom leitor.
Para além disso
