Não ando só
Edir Pina de Barros
Por vezes penso que ninguém me nota,
que eu chego sem ter ido a parte alguma,
que em pleno sol a vida em si se abruma,
que eu vou perder sentido, rumo, rota.
Minha presença em mim mesma se esgota,
minhas palavras fogem uma a uma,
e minha ausência aos poucos se avoluma,
na multidão me sinto mera ilhota.
Porém não ando só – ando comigo -
e a versejar a vida assim prossigo
atenta aos seus encantos tão diversos.
Sem eles nem viver eu ousaria
andejo sobre os rastos da poesia
Comentários
Um poema marcante para quem lê
Um hino sólido, onde a ironia não convive, somente poesia sóbria e natural...
Parabéns!
beijos
Oi; Que beleza de poesia, Edir. Algo que o poeta cm certeza sente e procura vivenciar. Parabéns! Abraços