Oh! Tempo! Miro-te de frente e altiva
pois sei que a vida é pouca e passageira,
e a morte andeja ao lado e a mim me beira
fingindo não me ver para que eu viva.
Eu sei, ó, Tempo, que ando em tua esteira,
mas que sou livre, mesmo assim cativa,
para sonhar. E o sonho me motiva
a versejar a vida como eu queira.
Eu sei! Tu és senhor da vida e morte.
A poesia a mim me dá suporte
para fazer em paz a travessia.
Eu sou mortal, Senhor da eternidade!
Ah! Deixa-me cantar para que eu brade
a vida em versos que minh’alma cria.
Comentários
Edir Pina de Barros
Encantada, parabéns querida poetisa, bjs MIL.